Entre os dias 10 e 15 de outubro de 2021 acontecerá, em formato online, o XIV Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (ENANPEGE), com o tema “A Geografia que fala ao Brasil: ciência geográfica na pandemia ultraliberal”. Até o dia 05 de julho é possível submeter resumos para um dos Grupos de Trabalho (GTs) do evento.
Divulgamos o GT 66 – Metrópole, Metropolização e Região, coordenado por Álvaro Ferreira (PUC-RIO) e os pesquisadores do Observatório das Metrópoles, Olga Firkowski (UFPR), Paulo Roberto Soares (UFRGS), Sandra Lencioni (USP) e José Borzacchiello da Silva (UFC).
A seguir, confira a ementa:
A discussão clássica que aborda as dimensões da metrópole e de sua região metropolitana recompõe-se diante da nova dinâmica socioespacial, exigindo uma atualização desse debate. Tais transformações, de cunho social e espacial, que demandam novas formas de pensar e de problematizar o planejamento e a gestão urbana e regional, sugerem, igualmente, esforços acadêmicos com o intuito de aprofundar, sistematizar e propor novas leituras acerca da metropolização do espaço, da metrópole e da região, além de também focar a sua inter-relação. É nesse sentido que este GT se constitui um espaço privilegiado para a realização dessa discussão tão cara ao desenvolvimento da ciência geográfica.
Outros pesquisadores(as) da rede também participam da coordenação de Grupos de Trabalho (GTs) do evento, confira:
GT 60 – Urbanização, Turismo e Lazeres
Coordenadorxs:
- Alexandre Queiroz Pereira (UFC)
- Bertrand Cozic (UFPE)
- Eustogio Wanderley Correia Dantas (UFC)
- Marcio Douglas Brito Amaral (UFPA)
- Luiza Câmara Beserra Neta (UFRR)
A urbanização em função dos lazeres e do turismo produz formas-conteúdos em escala regional e intraurbana. Os (eco)resorts, parques temáticos, as novas arenas esportivas e os empreendimentos turístico-imobiliários são indicadores da reprodução do espaço associado a novas formas de acumulação. Eventos festivos e esportivos padronizados, práticas marítimas modernas e demais atividades de lazer urbano-metropolitano engendram ambiências e sociabilidades que atribuem novos sentidos à cidade. Mas a dimensão lúdica da vida urbana, segundo Henri Lefebvre, ultrapassa o vasto leque de serviços ofertado pelo segmento. Abrange o uso, através de práticas autônomas e inventivas, utopias de cidade, táticas e apropriações que circunscrevem iniciativas diversas no vasto campo do possível no devir urbano. O conjunto das atividades lúdicas dialoga com a urbanização dispersa, as centralidades, a segregação socioespacial, a espetacularização, a gentrificação, a metropolização do território, dentre outros processos. Neste sentido, convidamos a pensar os conteúdos socioespaciais desdobrados pela dimensão do lúdico na (re)produção do urbano.
GT 71 – Geografia Econômica e Economia Política do Território
Coordenadorxs:
- Regina Helena Tunes (UERJ)
- Leandro Dias de Oliveira (UFRRJ)
- Denis Castilho (IESA)
- Luciana Buffalo (UNC, Argentina)
- Claudio Zanotelli (UFES)
O entrelaçamento teórico entre geografia econômica e economia política (assim como da ecologia política) promove não somente a atualização e ampliação de debates sobre o mundo do trabalho, a produção de territórios em diferentes escalas, envolvendo, além da produção e da circulação, a distribuição, a troca e o consumo de mercadorias, a utilização da natureza-recurso e a própria localização, impacto e transbordamento de empreendimentos fabris, mas também permite refletir sobre os novos processos de “desenvolvimento” local-regional; as concretudes, imaterialidades e conflitividades do conhecimento, da inovação e da tecnociência; a constituição de redes geográficas, de espoliação e de poder; as relações entre Estado, corporações e diferentes frações do capital; e os processos de metropolização, financeirização e reestruturação econômico-ecológico-espacial. Em meio a esta agenda renovada do campo da geografia econômica (e também da geografia da indústria), nosso foco neste Grupo de Trabalho é aproximar investigadores que desenvolvam pesquisas nos seguintes temas: [1] globalização, financeirização e suas implicações na constituição de cadeias produtivas em diferentes escalaridades; [2] processos de industrialização e de expansão da “modernização” territorial, especialmente nas economias periféricas; [3] neoliberalismos, meio, ecologia política e questões socioambientais; [4] o papel da ciência, da tecnologia, da informação e das redes técnicas no processo de integração e/ou produção de territórios, na criação de novos arranjos espaciais e nos sistemas espoliativos; [5] a produção flexível, as transformações no mundo da fábrica, a inovação e as novas formas de trabalho, acumulação e resistência.
O envio dos resumos expandidos pode ser feito até o dia 05 de julho através do site do evento. Confira as normas para submissão dos trabalhos, acesse: enanpege.com.br/normas