O INCT Observatório das Metrópoles divulga o estudo “Tipologia Intraurbana: espaços de diferenciação socioeconômica nas concentrações urbanas do Brasil”, recém lançado pelo IBGE. O trabalho retrata a diversidade das condições de vida da população brasileira a partir de 11 tipos (de A – melhores – a K – precárias) para cada uma das 65 concentrações urbanas com população acima de 300 mil habitantes.
Segundo o trabalho, a maior parcela da população que vivia em concentrações urbanas, em 2010, morava em lugares com boas e médias condições de vida, abrangendo 58,5 milhões de pessoas (ou 61,9%) das 94,6 milhões que viviam em áreas urbanas.
A análise das tipologias conjuga informações sobre saneamento, densidade de moradores por domicílio, rendimento, escolaridade, razão de dependência, revestimento das moradias e a presença de alguns bens duráveis, classificando as parcelas intraurbanas em 11 diferentes níveis de condições de vida, variando desde as boas condições até as precárias.
Entre as grandes regiões, as maiores proporções de população urbana em boas e médias condições de vida estava no Sul (72,2%).
A publicação traz um conjunto de cartogramas e textos de análise, mas também está disponível na plataforma digital, com mapas interativos.
Os 11 níveis de condições de vida foram definidos a partir das características de acesso ao abastecimento de água, ao esgotamento sanitário e a coleta de lixo; número médio de moradores por cômodo servindo de dormitório; rendimento domiciliar per capita; nível de escolaridade; razão de dependência de menores de 15 anos; material de construção e revestimento externo dos domicílios; e domicílios com presença de máquina de lavar e computador com acesso à internet.
As diferentes condições de vida nas concentrações urbanas brasileiras
A tabela abaixo enumera os contingentes e percentuais de população que viviam nas condições segundo as 11 classificações, além das áreas do território que elas ocupam. A maior parte da população (61,9% ou 58,5 milhões de pessoas) estava em áreas com boas e médias condições de vida (tipos A ao F).
O Sul possuía a maior parcela da população (72,2%) com boas e médias condições de vida (A ao F). Entre os tipos mais ricos (A e B), o Centro-Oeste é o que tinha o maior percentual de população nessa condição (7,1% ou 507 mil pessoas). Em termos absolutos, o Sudeste possuía a maior quantidade de pessoas em áreas ricas (2,3 milhões ou 4,6%).
A maior proporção de população em áreas urbanas em piores condições de vida (nas categorias G ao K) estava no Nordeste (59,9%), seguida pelo Norte (56,3%), região que apresentou a maior proporção de pessoas em domicílios com baixíssimas ou precárias condições de vida (35,4%).
Acesse o estudo completo das Tipologias Intraurbanas no site do IBGE.
***Com informações da ASCOM/IBGE.