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The urban age in question | Neil Brenner

By 23/04/2015janeiro 28th, 2018Vídeos

Vídeo com o profº Neil Brenner (Harvard)

O Observatório das Metrópoles divulga, em parceria com o Urban Theory Lab (Universidade de Harvard), o vídeo palestra “The urban age in question”, do professor Neil Brenner, no qual apresenta suas ideias sobre o rumo em direção a uma nova epistemologia do urbano.

O INCT Observatório das Metrópoles vem realizando várias ações de cooperação internacional com foco no debate sobre o tema metropolitano. Uma dessas parcerias tem sido com o Urban Theory Lab (http://urbantheorylab.net), coordenado pelo profº Neil Brenner na Harvard Graduate of Design (GSD/EUA), que tem um papel relevante para o pensamento crítico em relação aos processos capitalistas de urbanização com foco na construção de uma nova Teoria Urbana mundial.

Em outubro de 2014, a equipe do Observatório publicou a resenha do livro “Implosions/Explosions: Towards a Study of Planetary Urbanization”, escrita pela pesquisadora Daphne Costa Besen, com o intuito de divulgar no Brasil os estudos internacionais focados na construção de uma nova teoria urbana mundial.

Em fevereiro de 2015, a Rede Observatório ofereceu a tradução inédita do artigo “Theses on Urbanization”, que como afirma o próprio Brenner apresenta “uma série de teses destinadas a promover um debate sobre a condição urbana contemporânea no planeta, o estado de nosso patrimônio intelectual nos campos acadêmicos dedicados a sua investigação e as perspectivas para a adoção de novas estratégias conceituais, capazes de decifrar as realidades e as potencialidades urbanas emergentes em diversos lugares, territórios e escalas”.

A seguir o vídeo-palestra “The urban age in question”:

Professor de Teoria Urban / Director, Urban Theory Lab / Graduate School of Design / Universidade de Harvard

A idade urbana em questão: rumo a uma nova epistemologia do urbano

17 de março de 2015

A Universidade de Melbourne

 

Em que medida o século 21 é o mundo urbano? Nesta palestra, Neil Brenner critica ideologias contemporâneas da “Urban Age”, que enfrentam esta questão com referência ao fato alegado de que mais de 50% da população mundial reside dentro de cidades.

Contra tais entendimentos, cidade-centric demográficas, Brenner escava a noção de urbanização generalizada  de Henri Lefebvre (1970) sobre a condição urbana planetária do século 21. Ele argumenta que as geografias de urbanização já não podem ser conceituadas exclusivamente com referência às cidades, regiões metropolitanas ou mesmo megalópoles, mas hoje abrangem diversos padrões e percursos através da paisagem espacial socio planetária, a partir de Manhattan para o Matterhorn, do Delta do Rio das Pérolas para Monte Everest, a partir do vale do rio Nilo para o Oceano Pacífico.

Este tecido urbano deve tornar-se o ponto focal para novas abordagens para a teoria urbana, estratégias de intervenção e imaginários de ambientes construídos coletivamente. Com base na sua investigação em curso com Christian Schmid da ETH Zurich, Brenner propõe uma série de estratégias metodológicas através de análises de paisagens emergentes de urbanização planetária.

Neil Brenner é professor de teoria urbana e diretor do Urban Theory Lab na Harvard Graduate School of Design (GSD). Anteriormente, atuou como professor de Sociologia e Estudos da Metrópole, e como um membro do corpo docente afiliado do Programa de Estudos Americanos, da Universidade de Nova Iorque. Ele tem um Ph.D. em Ciência Política pela Universidade de Chicago (1999); um mestrado em Geografia pela UCLA (1996); e bacharelado em Filosofia, Summa Cum Laude, de Yale College (1991).

Brenner escreve e ensina com foco nas dimensões teóricas, conceituais e metodológicos de questões urbanas. Seu trabalho tem por base e procura estender, os campos de estudos urbanos e regionais críticos, economia geopolítica comparativa e teoria socioespacial radical. Os principais focos de pesquisa incluem processos de reestruturação urbana e regional e do desenvolvimento espacial desigual; a generalização da urbanização capitalista; e processos de reestruturação territorial do Estado, com especial referência para a reconstrução de configurações de governança urbanas, metropolitanas e regionais sob o capitalismo neoliberalizante contemporâneo.