Com o objetivo de divulgar os produtos parciais produzidos no âmbito de suas pesquisas, o Observatório das Metrópoles tem produzido a publicação Textos para Discussão (TD). Esta semana lançamos o décimo quinto TD, intitulado “Smart mobility: como classificar as soluções? Reflexões conceituais e propostas taxonômicas”.
Elaborado por Juciano Martins Rodrigues, Pedro Paulo Machado Bastos e Teresa Cristina M. Mendes, pesquisadores do Observatório das Metrópoles Núcleo Rio de Janeiro, o texto busca situar o estado da arte do que tem sido denominado Smart Mobility por governos, empresas e por acadêmicos organizados no campo do planejamento urbano e regional à luz tanto de suas controvérsias conceituais, mas também das constantes inovações tecnológicas e das mudanças político-culturais em curso.
A aplicação do termo smart tem se dado em muitas dimensões do planejamento — entre elas, a dimensão da mobilidade urbana (…). Segundo o The European Smart Cities Project, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, 2019), são seis as dimensões de uma Smart City a serem pensadas, dimensões estas que também foram exploradas por Monzon (2015), que estabeleceu seus diversos aspectos: (…) iii) Smart Mobility: gerenciamento do tráfego; transporte público; infraestrutura de TICs; logística; acessibilidade; opções não motorizadas (energia limpa); multimodalidade;
Os autores argumentam que há dificuldade de se encontrar uma definição precisa de Smart Mobility, pois muitos trabalhos científicos ou mesmo trabalhos de natureza técnica produzidos por governos e empresas mobilizam de forma confusa um conjunto diverso de terminologias – como mobilidade sustentável, mobilidade elétrica, transporte não motorizado, transporte ativo, caminhabilidade, micromobilidade, dentre outros – para discutir e apreender o que seria uma “mobilidade inteligente”.
Outro objetivo do texto, e com fins exploratórios, é compreender o conjunto de práticas correspondentes à dimensão da Smart Mobility (ações e projetos existentes no campo da mobilidade urbana) a partir de uma revisão bibliográfica que compare e analise propostas de taxonomia oferecidas pela literatura acadêmica recente. Mediante essa revisão comparativa, os autores propõem uma versão própria de taxonomia para classificar experimentalmente práticas de Smart Mobility. Segundo eles, avançar nesta proposta é fundamental para a sua melhor compreensão pelos diversos atores e beneficiários envolvidos nas soluções de mobilidade e de transportes.
Desse modo, pretendem contribuir para definir uma taxonomia que ajude a caracterizar e a diagnosticar os principais elementos associados à noção de Smart Mobility, e assim embasar uma reflexão conceitual sobre o tema.
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