Ítalo Calvino, em sua obra As cidades invisíveis (1972), lembra que uma cidade é como um sonho, mas que os sonhos escondem desejos e medos, porém, mesmo assim, o escritor reitera a necessidade de se escutar a cidade. Essa é a proposta da seção especial da Revista e-metropolis nº 32, na obra “Para escutar a cidade”, Giovana Zimermann evoca, por meio do título, tanto um desejo como um sonho. Além disso, a artista debate a inserção de obras de arte no espaço público como tática para humanizar a cidade; contudo, aponta ela, nem sempre foi assim, visto que essa inserção teve inúmeras funções ao longo da história.
Segundo Giovana Zimermann, o processo criativo de uma obra de arte tem tanta importância quanto a obra em si, embora o que fique visível seja o produto final. “A escritura desse texto é uma oportunidade para compartilhar minhas motivações para o projeto da obra de arte pública intitulada ‘Para escutar a cidade’, instalada no edifício CEU, localizado no balneário do Estreito, bairro continental da cidade de Florianópolis (SC)”, aponta a artista.
A obra foi desenvolvida de modo a propiciar experiências de sociabilidade, sendo que o projeto arquitetônico e paisagístico conta com espaços de convivência e árvores frutíferas, acessíveis ao público em geral. “Uma atitude concreta concedida ao cenário material, mas que contribui para o imaginário das pessoas, para o simbólico de uma cidade mais afetuosa”, explica Giovana.
Veja a seção especial “Para escutar a cidade” no site da Revista e-metropolis.