Está disponível a Revista Eletrônica de Estudos Urbanos e Regionais e-metropolis nº 41! Publicada trimestralmente pelo Observatório das Metrópoles, a revista tem por objetivo suscitar o debate e incentivar a importância da difusão e divulgação científica do campo dos estudos urbanos e regionais.
Seguindo as comemorações pelos 10 anos da publicação, essa edição traz uma mensagem especial de Carolina Zuccarelli, professora da Universidade Federal Fluminense e uma das fundadoras da revista. Além de resgatar um pouco da história da e-metropolis, Zuccarelli reforça, no atual momento histórico, a importância de iniciativas como a revista para a difusão e a democratização do conhecimento científico.
Abrindo a seção de artigos, este número traz como destaque “O imaginário do esverdeamento urbano: a natureza urbanizada na região alemã do Vale do Ruhr“, contribuição de Hillary Angelo, professora de sociologia da Universidade da Califórnia. No trabalho traduzido por Pedro Bastos, a autora explora o ideário do “esverdeamento” urbano, conceito adotado para explicar a normatização de práticas de urbanismo em que são usados elementos significantes e cotidianos da natureza como forma de se combater os problemas urbanos locais, partindo de um estudo que analisou a reprodução de práticas de urbanismo como esta realizada no Vale do Ruhr, região urbana policêntrica na Alemanha.
Já no segundo artigo, intitulado “Aeroporto de Guarulhos, (mais) um aglomerado supermoderno em São Paulo“, Rafael Kalinoski discute o impacto de grandes projetos de infraestrutura de transporte sobre os aglomerados metropolitanos, tomando o caso do principal aeroporto do país como referência.
Em seguida, Mariana Fernandes Mendes apresenta, em seu artigo “A construção da mobilidade excludente no Brasil e os impactos da crise da mobilidade urbana em Fortaleza“, uma reflexão sobre a crise da mobilidade urbana na cidade de Fortaleza, problematizando a centralidade dada ao “modelo rodoviarista” e ao transporte individual.
No quarto artigo, “Vulnerabilidade socioeconômica à crise COVID-19: o turismo como fator de alto risco“, Erick Omena constrói um indicador de vulnerabilidade, a partir de dados macroeconômicos, para avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 sobre os territórios ligados à indústria do turismo.
Por fim, o artigo “Operações Urbanas Consorciadas em Betim/MG: a tradução de um novo modelo de governança urbana na capital da indústria automotiva mineira“, de Lessandro Lessa Rodrigues e Jupira Gomes de Mendonça, reforça a importância de discutir a relação entre o poder público e o setor privado na produção do espaço urbano e metropolitano.
A revista conta também com a seção especial “Experimentando a cidade através do teatro: a técnica de Augusto Boal aplicada entre mulheres venezuelanas refugiadas em João Pessoa/PB“, um registro feito por Amanda Costa da Silva Sousa e Marcela Dimenstein, da Oficina de Teatro com Mulheres Venezuelanas, realizada em 2019, com o apoio da Casa das Artes de João Pessoa e da Aldeia Infantil SOS Mangabeira.
Como ensaio fotográfico, em “Mar [autoconstruído] e montanha: um olhar sobre as comunas populares de Medellín“, trazemos a contribuição de Ana Cristina Morais, que se passa na paisagem montanhosa de Medellín (Colômbia), preenchida pelas comunas populares, em um cenário que, ao unir meio ambiente e moradia popular.
No encerramento dessa edição comemorativa, os editores convidam professores, pesquisadores e estudantes a conhecer as edições anteriores e a submeter seus trabalhos, especialmente reflexões e resultados de pesquisa (mesmo que parciais) sobre a relação entre a pandemia e o território, através de plataforma da revista.
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Publicada trimestralmente pelo Observatório das Metrópoles, a revista e-metropolis tem por objetivo suscitar o debate e incentivar a importância da difusão e divulgação científica do campo dos estudos urbanos e regionais.
As edições mantêm uma estrutura composta por duas partes. Na primeira, encontram-se os artigos estrito senso, que iniciam com um artigo de capa, no qual um especialista convidado aborda um tema relativo ao planejamento urbano e regional e suas interfaces, seguido dos artigos submetidos ao corpo editorial da revista e aprovados por pareceristas, conforme o formato blind-review.
Já a segunda parte é composta, em geral, por entrevistas, resenhas de obras recém-lançadas (livros e filmes), seção especial – que traz a ideia de um texto mais livre e ensaístico sobre temas que tangenciem as questões urbanas – e, finalmente, ensaio fotográfico, que faz pensar sobre as questões do presente da cidade por meio de imagens fotográficas.