Está disponível o número 39 da revista eletrônica de estudos urbanos e regionais e-metropolis! Publicada trimestralmente pelo Observatório das Metrópoles, a revista tem por objetivo suscitar o debate e incentivar a importância da difusão e divulgação científica do campo dos estudos urbanos e regionais.
Nesta edição, o artigo de capa é de autoria de Miguel Ângelo Ribeiro, professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UERJ, Paulo Rogério de Freitas Silva, professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFAL, e Maria Monica O’Neill, pesquisadora do IBGE. No texto “O fenômeno da segunda residência e sua dimensão espacial em território alagoano – 1980 e 2010“, os autores investigam a expansão urbana em Alagoas, a partir da região metropolitana de Maceió. Analisando o fenômeno da segunda residência a partir da comparação dos dados dos Censos de 1980 e 2010, em perspectiva com as históricas transformações econômicas e de infraestrutura de mobilidade na região, os autores trazem interessantes reflexões sobre a relação entre o crescimento das casas de lazer-veraneio da população metropolitana e a expansão de municípios da Costa dos Corais e Rota Ecológica dos Milagres (como Paripueira, Maragogi e Barra de São Miguel), destinos turísticos alagoanos cada vez mais conhecidos em todo o Brasil. Clique aqui para acessar o artigo.
A seguir, o texto “Participação e Insurgências: ideias para uma agenda de pesquisa sobre os movimentos sociais no contexto da inflexão ultraliberal no Brasil”, de Orlando dos Santos Júnior, destaca a trajetória recente de inflexão conservadora na política brasileira, apresentando seus reflexos sobre os espaços institucionais de participação social relativos, principalmente, à política urbana, amplamente desmontados ou desmobilizados a partir de 2016. Diante disso e apoiado em referências teórico-críticas, o autor sugere quatro embocaduras para a agenda de pesquisa em torno dos desafios e das possibilidades de resistência dos movimentos sociais no contexto dessa mudança conjuntural. Clique aqui para acessar o artigo.
Já o artigo “A experiência dos Termos Territoriais Coletivos na promoção de moradia acessível e resistência à mercantilização da terra”, de Felipe Cruz Akos Litsek, investiga um modelo de gestão da propriedade e garantia de moradia acessível, ainda inexistente no Brasil. Considerado um mecanismo de segurança da posse da terra e promoção da moradia para pessoas de baixa renda, o termo coletivo pretende garantir a permanência das comunidades, evitando processos de remoção forçada e coibindo a mercantilização da terra. Clique aqui para acessar o artigo.
No último artigo desta edição, “Conexões, influências, proximidades e isolamentos entre mercados imobiliários formais e informais na Região Metropolitana de Belo Horizonte” de Hamilton Moreira Ferreira, é feita uma problemática sobre as inter-relações mercadológicas inerentes ao tema. Por meio de estudos de casos, é explorada a heterogeneidade dessas relações e as influências que fatores conjunturais exercem no setor imobiliário formal e informal, por suas similitudes e diferenças de variáveis. Além disso, são observados os impactos diretos que as políticas habitacionais e de crédito imobiliário exercem sobre a moradia. Clique aqui para acessar o artigo.
A segunda parte da revista contém a resenha “Olhares para Madureira“, de Roberta Filgueiras Mathias. O texto aborda a coletânea “Memórias, territórios, identidades: diálogos entre gerações na Região da Grande Madureira”, obra que resulta de uma pesquisa do Museu Afrodigital sobre o bairro carioca de Madureira, e reúne, em suas encruzilhadas analíticas, a perspectiva de diversos autores sobre a memória desse bairro tão característico do subúrbio carioca. Clique aqui para acessar.
Já a seção especial é ocupada pelo texto “Edifício Amaral Peixoto 327 e o desafio de uma política habitacional para os centros“, de João Carlos Carvalhaes dos Santos Monteiro. O autor desenvolve uma reflexão crítica sobre a urgência e a importância de se pensar políticas habitacionais para os centros urbanos, a partir do caso do Edifício Amaral Peixoto 327, na cidade de Niterói. Clique aqui para acessar.
Por fim, o ensaio fotográfico “Identidade cotidiana” levanta a seguinte questão: “quem somos nós na cidade?”. É a partir dessa fundamental indagação que Aline Barros nos lança à cotidianidade urbana e suas múltiplas e singulares expressões. Clique aqui para acessar.
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As edições da e-metropolis mantêm uma estrutura composta por duas partes. Na primeira, encontram-se os artigos estrito senso, que iniciam com um artigo de capa, no qual um especialista convidado aborda um tema relativo ao planejamento urbano e regional e suas interfaces, seguido dos artigos submetidos ao corpo editorial da revista e aprovados por pareceristas, conforme o formato blind-review.
Já a segunda parte é composta, em geral, por entrevistas, resenhas de obras recém-lançadas (livros e filmes), seção especial – que traz a ideia de um texto mais livre e ensaístico sobre temas que tangenciem as questões urbanas – e, finalmente, ensaio fotográfico, que faz pensar sobre as questões do presente da cidade por meio de imagens fotográficas.