Acompanhe nesta quinta-feira, dia 02 de setembro, às 16:00, o quinto debate do Ciclo Cadernos Metrópole – Difusão Científica e Temas Emergentes. Com a presença de Alexandre Abdal (FGV) e Hipolita Siqueira de Oliveira (UFRJ), a atividade abordará a interação entre o movimento macroeconômico e o desenvolvimento territorial, a partir do dossiê “Macroeconomia e Desenvolvimento Metropolitano, Regional e Local”.
Publicado na Revista Cadernos Metrópole número 49, o dossiê organizado por Gabriel Rossini e Alexandre Abdal reúne artigos que identificam e explicam diferentes aspectos das relações entre as dimensões macroeconômica e territorial, seja ela metropolitana, regional ou local. Assim, abriga discussões que evidenciam como os padrões e as tendências da economia global, da inserção internacional das economias nacionais, do desenvolvimento e do crescimento econômico nacional condicionam trajetórias, possibilidades e limites para o desenvolvimento dos diferentes territórios.
Com transmissão ao vivo pelo Youtube, o debate começará às 16:00 e será mediado por Lucia Bógus, editora científica da Cadernos Metrópole. A seguir, confira os principais pontos abordados no último debate e a programação dos próximos.
Quarto debate do Ciclo Cadernos Metrópole abordou o processo de metropolização
Organizado pela professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pesquisadora do Observatório das Metrópoles Núcleo Curitiba, Olga Lúcia de Freitas Firkowski, o dossiê “Metropolização: dinâmicas, escalas e estratégias” foi tema do quarto debate do Ciclo Cadernos Metrópole – Difusão Científica e Temas Emergentes. A atividade ocorreu no dia 26 de agosto, quando Firkowski
“O debate possibilita uma visibilidade para aquilo que a gente tem produzido. O título deste dossiê está associado a outras preocupações que nós temos na rede”, iniciou a professora da UFPR. Conforme Firkowski, a metrópole é o elemento articulador dos dossiês e, também, da própria publicação Cadernos Metrópole. “Este dossiê mobilizou pessoas que falassem livremente sobre dinâmicas, escalas e estratégias. E coube a mim ler os trabalhos aprovados para compor uma linha temática aproximando capítulos que tivessem uma conversa maior entre si, de modo a priorizar estas dimensões da chamada deste número”, pontuou. Dos treze textos publicados, dois abordaram a macrometrópole e a maioria abordava a realidade brasileira, mas também tiveram textos que abordaram a realidade de fora do Brasil, como Guadalajara (México), Buenos Aires (Argentina) e Estocolmo (Suécia).
“Tivemos textos sobre a imigração internacional na macrometrópole, sobre gestão e planejamento metropolitano, políticas públicas na metrópole ou de caráter metropolitano, a questão dos transportes, habitação e resíduos como elementos dessas políticas e o último texto do dossiê faz uma aproximação da proporção de um índice de dependência econômica no contexto metropolitano”, salientou a professora. No contexto brasileiro, os textos perpassaram por algumas realidades, em especial São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Goiânia e a região metropolitana de Maringá. “Isso dá uma ideia de que o dossiê tem uma amplitude, do ponto de vista dos lugares sobre os quais recaem as análises e temas variados”, apontou Firkowski.
Áreas diferentes de conhecimento
De acordo com a professora, o dossiê publicado contou com pessoas de diferentes áreas do conhecimento, o que demonstra qual é a visão que áreas ou formações distintas têm sobre a questão metropolitana. “Continua sendo uma questão não enfrentada do ponto de vista da gestão. O poder público não sabe viabilizar uma perspectiva que vá para além da municipal”, discorreu. As áreas de conhecimento presentes no dossiê são arquitetura e urbanismo, geografia, demograf
Segundo Regina Tunes, a realidade está sempre em mutação e é mil vezes mais complexa do que os pesquisadores conseguem de fato colocar no papel. “O pesquisador é movido por essa dinâmica tão grande”, observou. Conforme Firkowski, embora o dossiê não tenha um tema norteador, mas sim a problemática da metropolização, existem diferentes perspectivas da metropolização nos treze textos. “Como não partiu de uma única área do conhecimento, foi uma preocupação única, isso é um ponto a ser ressaltado, mas, por outro lado, do ponto de vista do avanço, ele é mais pulverizado. Tem diferentes direções”, ressaltou a professora.
O Ciclo Cadernos Metrópole é o segundo evento do II Congresso Observatório das Metrópoles “O Futuro das Metrópoles e as Metrópoles no Futuro”, que pretende construir uma interpretação compartilhada sobre as mudanças em curso, pensar sobre a produção da rede e estabelecer estratégias de intervenção.
Programação
05/08 – Mesa de Abertura | A Metrópole e a Covid-19: presente e futuro
- Abertura: Lucia Bógus
- Organizador: Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro
- Convidados: José Noronha, Nabil Bonduki, Ricardo Dantas e Roberto Falanga
12/08 – Dossiê 01 | A Metrópole e a Questão Ambiental
- Organizador: Pedro Roberto Jacobi (Universidade de São Paulo)
- Debatedora: Angélica Benatti Alvim (Universidade Presbiteriana Mackenzie)
19/08 – Dossiê 02 | A Metrópole e a Gestão das Águas
- Organizadora: Ana Lucia Britto (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
- Debatedora: Ricardo Moretti (Universidade Federal do ABC)
26/08 – Dossiê 03 | Metropolização: Dinâmicas, Escalas e Estratégias
- Organizadora: Olga Freitas Firkowski (Universidade Federal do Paraná)
- Debatedora: Regina Tunes (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
02/09 – Dossiê 04 | Macroeconomia e Desenvolvimento Metropolitano, Regional e Local
- Organizador: Alexandre Abdal (Fundação Getúlio Vargas)
- Debatedora: Hipolita Siqueira de Oliveira (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
09/09 – Dossiê 05 | Disputas Político-Conceituais sobre a Governança Metropolitana
- Organizador: Alexsandro Cardoso da Silva (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
- Debatedor: Francisco Fonseca (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)
16/09 – Dossiê 06 | O Ativismo Urbano Contemporâneo: resistências e insurgências à ordem urbana neoliberal
- Organizador: Luciano Fedozzi (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
- Debatedora: Lívia Miranda (Universidade Federal de Campina Grande)
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