A relação entre o Carnaval e a cidade de São Paulo é o tema da análise da professora Raquel Rolnik. Em seu comentário, ela observa que o Carnaval é um meio das pessoas se apropriarem da cidade de uma “forma diferente ou invertida em relação ao cotidiano”. Porém, ela aponta que quando a Prefeitura age no sentido de manter a folia sob controle, paira uma contradição evidente e a festa do Momo perde sua espontaneidade.
A chamada “apropriação da cidade” faz parte do Carnaval, que se caracteriza como um momento no qual as regras que se aplicam no cotidiano não valem naqueles poucos dias de folia. Ocorre, porém, que isso acaba trazendo transtornos para a cidade, como interrupção do trânsito ou barulho onde antes só havia silêncio.
Nesta reflexão, Rolnik mostra que a quando a Prefeitura de São Paulo age no sentido de que a folia seja, de alguma forma, mantida sob controle, cria uma série de exigências que nem sempre são de agrado, por exemplo, dos blocos carnavalescos.
A análise “Relação entre o Carnaval e a cidade nem sempre é espontânea” foi publicada originalmente no Jornal da USP, na Coluna “Cidade para todos”. A professora Raquel Rolnik autorizou a divulgação pela Rede INCT Observatório das Metrópoles.
Para escutar a análise clique AQUI.