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Polo de excelência da pesquisa urbana

By 18/04/2012janeiro 29th, 2018Chamadas
Polo de excelência da pesquisa urbana
Polo de excelência da pesquisa urbana

Desde sua concepção inicial para o projeto voltado à avaliação dos ajustes macroeconômicos e da reestruturação produtiva sobre a região metropolitana do Rio de Janeiro, a linha metodológica mais tarde assumida pelo Observatório caracterizou-se por uma sistematização criteriosa de dados e indicadores socioeconômicos voltados à elucidação dos processos de desigualdade social na metrópole. O depoimento do professor Ricardo Toledo Silva (USP) dá ênfase à dimensão técnico-institucional de inovação contida nos trabalhos do INCT Observatório das Metrópoles, em benefício não apenas do progresso científico na área de pesquisa urbana e regional, mas também de iniciativas de políticas públicas.

O professor Ricardo Toledo Silva é doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1991) e livre-docente pela mesma instituição (1996). De 1980 a 1991 foi pesquisador das divisões de Edificações e Construção Civil do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), secretário de Desenvolvimento Urbano do Ministério da Habitação, Urbanismo e Meio-Ambiente e secretário Geral Adjunto do Ministério da Habitação e do Bem-Estar Social. De 1992 a 2002 coordenou o Núcleo de Pesquisa em Informações Urbanas da USP, além de ter sido secretário Adjunto de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (2007-10).

Ricardo Toledo é professor titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (início de carreira em tempo parcial, 1978), onde exerceu o mandato de diretor (2002-06). Tem experiência profissional e de pesquisa nas áreas de Tecnologia de Edificações e de Infraestruturas Urbanas e Regionais, principalmente em gestão integrada das águas urbanas, política urbana e saneamento.

Leia o depoimento “Polo de excelência da pesquisa urbana”, de Ricardo Toledo Silva sobre a trajetória do Observatório das Metrópoles.

Polo de excelência da pesquisa urbana

Este depoimento dá ênfase à dimensão técnico-institucional de inovação contida nos trabalhos do Observatório das Metrópoles (INCT), em benefício não apenas do progresso científico na área de pesquisa urbana e regional, mas também de iniciativas de políticas públicas levadas a efeito por diferentes esferas do Poder Público.  Desde sua concepção inicial para o projeto voltado à avaliação dos ajustes macroeconômicos e da reestruturação produtiva sobre a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (FNDCT/FINEP/BID/880/OC-BR), a linha metodológica mais tarde assumida pelo Observatório caracterizou-se por uma sistematização criteriosa de dados e indicadores socioeconômicos voltados à elucidação dos processos de desigualdade social na metrópole. A referência territorial da metrópole, como conjunto distinto da somatória dos municípios que compõem a região, mostrou-se desde o início fundamental para o adequado entendimento das complexidades de escala e de escopo que se afiguram como desafios até hoje presentes na gestão metropolitana.

A partir de sua expansão para um sistema de pesquisa em âmbito nacional, em 1997, o projeto passou a incluir como objetos de estudo as metrópoles de São Paulo e Belo Horizonte e, mais tarde, as de Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Natal, Goiânia e Maringá. Essa expansão, propiciada pela passagem ao sistema de Núcleo de Excelência integrante do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Edital nº 2 do PRONEX/CNPq) e, em 2005, no Programa Institutos do Milênio (CNPq), ampliou também o conjunto de instituições de pesquisa e ensino que passou a integrar a rede do Observatório.

Na atual configuração, como um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), o Observatório tem se consolidado como polo de excelência da pesquisa urbana e, como tal, subsidia a formulação de políticas públicas. No Estado de São Paulo, a estruturação de diferentes programas de alcance metropolitano e regional, como o de aproveitamento múltiplo de recursos hídricos da Macrometrópole Paulista e o Plano de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê – 3ª fase (PDMAT 3) se valeu das bases e avaliações constante de documentos do Observatório das Metrópoles. A sistematização trabalhada pelo Observatório mostra-se indispensável sempre que necessária à comparação entre situações metropolitanas. Os órgãos e entidades governamentais como regra dispõem de informações suficientes sobre as áreas metropolitanas do próprio estado, mas não contam com um sistema abrangente de informações comparáveis com outras metrópoles nacionais. Esta lacuna é preenchida pelos documentos do Observatório, que permitem uma comparação objetiva entre diferentes contextos estaduais.

Mediante plataforma aberta de acesso a documentos a partir do “Boletim Observatório das Metrópoles” e da página principal da rede http://www.observatoriodasmetropoles.net, o usuário gestor público tem acesso a informações e avaliações de grande utilidade.

Ricardo Toledo Silva