Observatório produz diagnóstico regional para Campo Mourão/PR
Pesquisadores do Observatório das Metrópoles vinculados à Universidade de Maringá e ao Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES) produziram diagnóstico regional para a Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam/Paraná) com o objetivo de dar apoio técnico para a elaboração de políticas públicas integradas. A Comcam é formada por 25 municípios que têm sofrido com o fluxo migratório – perda de população; a região, no entanto, tem forte potencial nas indústrias de transformação e na construção civil, que geraram mais de 20 mil empregos nos últimos anos. O diagnóstico regional pode ser acessado eletronicamente.
A Comcam promoveu um fórum no dia 24 de novembro de 2012 em Campo Mourão para receber dos pesquisadores do Observatório das Metrópoles da Universidade Estadual de Maringá e do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) o diagnóstico regional cujo propósito é possibilitar a elaboração de um Plano de Desenvolvimento de toda a região.
O diagnóstico revela a causa da evasão populacional registrada nos últimos anos, bem como da potencialidade de cada município e da região com um todo. O levantamento referente ao fluxo migratório da região foi discutido entre as lideranças. Quatro municípios registraram aumento de população nos últimos anos, sendo eles Campo Mourão, Araruna, Peabiru e Terra Boa.
Acesse o Diagnóstico Regional Comcam.
Durante o encontro, a coordenadora da pesquisa, Ana Lúcia Rodrigues, que também é coordenadora do Observatório das Metrópoles/Núcleo de Maringá; a professora do Departamento de Economia da UEM, Amália Maria Godoy e o pesquisador do Ipardes, Anael Cintra, apresentaram números precisos sobre o fluxo migratório divididos em fatores e cidades. Eles mostraram números levantados pelo IBGE, durante o Censo realizado em 2010 que revelaram uma queda populacional de quase 15 mil habitantes, apontando os municípios que perderam habitantes, o destino e os motivos da saída da região.
Ana Lúcia Rodrigues ressaltou o importante papel da Universidade de Maringá e do compromisso do Observatório das Metrópoles para o desenvolvimento dessa região: “estamos disponibilizando juntamente com o Ipardes, aos prefeitos eleitos desses 25 municípios as informações atualizadas que darão a bases para a gestão e planejamento para os próximos quatro anos, lembrando que a Comcam é a primeira região do Paraná a ter acesso a essas informações.”
Por sua vez presidente da Comcam, Fábio D`Alécio destacou a importância do diagnóstico e da integração regional para o processo de desenvolvimento a ser realizado já nos próximos anos. Ele falou sobre o desafio lançado em busca do equilíbrio do desenvolvimento regional e avaliou o levantamento como um ferramenta nova para a região argumentando que há muito tempo lideranças e gestores vinham se preocupando com os municípios separadamente e que agora é hora de um trabalho de forma regional.
“Já temos os dados precisos, agora temos que trabalhar para solucionar problemas e aproveitar potencialidades provocando o desenvolvimento”, disse D´Alécio, lembrando que os trabalhos terão ênfase já nos próximos anos e que espera que a estrutura da Comcam se torne um fórum de debates para a região.
Fluxo migratório
O Diagnóstico Regional revela que a região perdeu população, mas que o processo vem diminuindo, considerando que a taxa líquida migratória que era de -10,0 (1995/2000) agora é de -4,3 (2005/2010). Os números também apontaram que embora a região tenha perdido habitantes, em caso de parte dos municípios, todos os municípios evoluíram na variação do IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, e das 335 mil pessoas que vivem em toda a região atualmente,12 mil estão na classe de extrema pobreza. Segundo o levantamento, a região registrou um aumento de 59% em indústrias de transformação e 55% na construção civil, resultando na criação de mais de 20 mil empregos nos últimos anos.
Com Assessoria de Imprensa da Comcam
Última modificação em 27-03-2013