Este ensaio nasceu de uma experiência pessoal, vivenciada nos primeiros meses da estadia de Fernando Augusto Souza Pinho em Lisboa (Portugal). Das mediações feitas a partir de uma relação tensa entre curiosidade, surpresa, estranhamento e “estrangeiridade”, emerge um conjunto de fotografias formando narrativas da/sobre a capital portuguesa; com destaque para as imagens que registravam a ocorrência de um modo específico de escrita urbana, chamada pelo autor de “dizer rebelde”. Tal dizer apresentavam uma crítica à crise econômica de Portugal e, de forma mais geral, uma crítica ao capitalismo.
Segundo Souza Pinha, para a discussão desse tipo de escrita urbana – ou como diz Orlandi (2004), dessa forma de narratividade urbana –, foi realizado um recorte e selecionado seis (06) fotografias do conjunto acima referido, as quais constituem o corpus de análise. Os enunciados presentes no “dizer rebelde” foram analisados em sua discursividade, ou seja, em uma relação de significação que alia sujei¬to, história e língua. Interessam, nesta análise, os sentidos desses dize¬res, como eles significam e para quem significam – uma orientação norteada pelo quadro teórico-metodológico da “Análise de Discurso Francesa”.
Para ver o ensaio especial “O dizer rebelde: um escrito da/sobre o urbano”, acesse a versão completa da Revista eletrônica e-metropolis edição nº 11 aqui.
Última modificação em 20-02-2013