Skip to main content

O Observatório das Metrópoles e o Comitê Popular de Lutas promovem, no dia 23 de outubro, o segundo encontro do Fórum de Debates “A Metrópole do Rio de Janeiro: conflitos e desafios contemporâneos”, com o tema “O Plano Estratégico da cidade do Rio: empreendedorismo urbano e fragmentação institucional da metrópole”. O evento pretende discutir as diretrizes do plano que está sendo formulado pela Prefeitura do Rio, seus eventuais avanços, limites e contradições, e como os gestores públicos da capital fluminense continuam pensando a cidade prioritariamente pelo viés da mercantilização urbana. O fórum contará com a participação de Adauto Lúcio Cardoso (IPPUR/UFRJ), Henrique Silveira (Casa Fluminense), Marielle Franco (PSOL) e Tainá de Paula (Bento Rubião).

O Observatório das Metrópoles vem mostrando, há alguns anos, que a cidade do Rio de Janeiro está inserida em um processo global de mercantilização urbana, marcado por um arranjo inédito que combina parcerias público-privadas e instrumentos do mercado de capitais. Um processo que determina um novo padrão de relação entre o poder público e o setor privado, inaugurando, por um lado, um novo modelo de gestão da cidade, e, por outro, acirrando as desigualdades socioespaciais do Rio.

O ápice desse modelo na capital fluminense ocorreu durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, quando o Rio de Janeiro viveu um ciclo virtuoso político e econômico para recuperar o seu prestígio e superar os seus históricos problemas urbanos e sociais. Naquele período, o modelo escolhido pela classe política e econômica cariocas foi o da Cidade Global e Cidade Criativa, inserida nos fluxos globais de finanças, comunicações etc. A cidade se voltou de novo para o global, dando as costas à sua população e à sua região metropolitana.

O resultado foi que, terminado os Jogos Olímpicos, o Estado do Rio de Janeiro entrou em falência financeira — em uma das mais graves crises políticas e econômicas jamais vistas, decorrentes da corrupção e, sobretudo, da má gestão dos recursos públicos. E o que se vê agora é aumento das desigualdades, da violência, e o crescimento da injustiça.

Não obstante essa realidade, o prefeito Marcelo Crivella reafirmar o mesmo modelo de cidade empreendedora, baseada na mercantilização do urbano, da venda da cidade e da busca por rentabilizá-la, e vendê-la. Isso pode ser verificado em várias ações da Prefeitura, como também no Plano Estratégico da cidade do Rio.

Por conta disso, o Observatório das Metrópoles e o Comitê Popular de Lutas — e mais os parceiros da Casa Fluminense, da Ibase, da Fase, da Centra de Movimentos Populares — promovem o Fórum de Debates “A Metrópole do Rio de Janeiro: conflitos e desafios contemporâneos” com o propósito de construir um caminho de participação popular para superar esse modelo e encontrar soluções para a gestão mais democrática da nossa cidade.

Venha participar!!!

SERVIÇO

23 de outubro — segunda-feira

18h 30

IFCS — UFRJ — Salão Nobre

Largo São Francisco de Paula, 1, Centro

Leia também:

Rio de Janeiro: impactos territoriais e ajuste espacial na Cidade Olímpica

Análise do empreendedorismo urbano no Brasil

 

Publicado em Eventos | Última modificação em 11-10-2017 00:03:40