Em entrevista ao programa Direitos Humanos Urgente, da Web Rádio Linha Direta, o economista e presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann, falou sobre a PEC 241. Segundo ele, a medida pode ser comparada ao primeiro ato pós-golpe militar. “A PEC 241, guardada a sua proporção, é a mesma ação que esteve no ato institucional número 1. Neste ato institucional, está lá a definição do teto de gastos do setor público e uma vez instituído isso vem uma série de reformas no âmbito do PAEG (Programa de Ação Econômica do Governo), a reforma trabalhista, com Fundo de Garantia, por tempo de serviço e o fim da estabilidade do emprego”, compara o economista.
A Rede INCT Observatório das Metrópoles tem divulgado análises sobre a PEC 241 para apoiar o debate amplo contra os retrocessos políticos e sociais no país em um contexto de crise.
A PEC 241 defendida pelo governo de Michel Temer, se aprovada, pode levar a uma estagnação ou queda dos investimentos públicos em infraestrutura física e social durante 20 anos, já que o governo não terá espaço para gastar mais que o mínio em saúde e educação, por exemplo. Além disso, outras despesas importantes para o desenvolvimento do país, como cultura, C&T, assistência social podem ter cortes ainda maiores.
A análise do economista Marcio Pochmann é mais uma contribuição importante para refletir sobre os resultados da PEC 241 para o país e a população brasileira.
Veja o vídeo com a entrevista abaixo: