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Caligrafia urbana

Caligrafia urbana (Crédito: Mariana Corteze)

Na seção especial da Revista e-metropolis nº 29, Mariana Corteze traça uma espécie de cartografia da resistência cotidiana, cujas vozes se materializam nos gestos teimosos das “fixações”. Insubmissa a classificações, ordenamentos e regulações, essa caligrafia, que brota de corpos igualmente insubmissos, vem rasurar a ideia da cidade do pensamento único e a noção utilitarista e cosmética sobre a arte, questionando o status quo e fazendo das ruas um lugar de debates, embates e de outros modos de vida urbana.

Mariana Danuza Corteze ( maricorteze@hotmail.com) é graduada em Estudos Artísticos pela Universidade de Coimbra (UC) e em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), onde atualmente é mestranda bolsista Capes, na linha de Processos criativos e poéticas do cotidiano.

EDIÇÃO Nº 29

INTRODUÇÃO

Por Mariana Danuza Corteze

Se por hipótese indomável expandíssemos os limites do tradicional conceito de arte, nos defrontaríamos não mais com o dispositivo, mas sim com a fissura que põe à prova e desvela contramodelos de comportamentos hoje tão urgentes. Tal conduta exalta uma disposição corporal, um recorte de espaços e de tempos singulares que revela um conhecimento sensível político, seja porque evidencia os enigmas da dominação ou porque sai dos seus lugares próprios para transformar-se em prática social. É no embaralhamento dessas fronteiras, confundindo os papéis e propondo a emancipação dos sujeitos que a arte contemporânea – e todas as suas competências artísticas – tende a sair do seu domínio e a trocar de lugares e poderes. Podres poderes, diria Caetano. Logo, reconfiguremos o aqui e o agora: nossas expressões artísticas, nossos espaços de atuação, nossa cidade.

 

Veja a seção especial completa no site da Revista e-metropolis.