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A segunda publicação do Selo Editorial Habitação & Cidade, lançado no ano passado, examina os processos de um canteiro de obras autogerido por mutirantes, a partir do pressuposto de que esses espaços carregam potenciais transformadores.

Escrito por Thais Velasco, o livro “O mutirão habitacional autogerido: trabalho coletivo em canteiro e transformações sociais” resulta da dissertação de mestrado da autora, orientada pelo Prof. Adauto Cardoso e defendida no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ).

A pesquisa tem por origem a experiência profissional de Velasco junto aos movimentos de moradia de São Paulo – como Assessoria Técnica (AT), principalmente às associações filiadas à União Nacional por Moradia Popular (UNMP). Em seu trabalho, a autora persegue o caráter sociopolítico do mutirão e busca o sentido do trabalho coletivo como forma de integração pela reciprocidade, verificando as implicações de uma organização social alternativa e cooperada.

O mutirão pode ser o início de uma transformação na sociabilidade daquele grupo, fruto de uma ação social, que começa de baixo para cima e ganha forças nas periferias, estimulando uma solidariedade popular, que se mantém através da reciprocidade das redes interdependentes, podendo alcançar patamares mais distantes a cada novo espaço coletivo construído, afirma Velasco.

A obra está dividida em quatro partes, além do prefácio, introdução, considerações finais e posfácio. Confira a seguir:

  • O NOVO MUTIRÃO AUTOGERIDO CONSTRUÇÃO DE UTOPIAS NA PRÁTICA
    • Um ato político: Os mutirões José Maria Amaral e Florestan Fernandes
    • Do mutirão heroico ao novo mutirão em contradição
    • “Mais autogestão, menos mutirão”
  • PRÉ-OBRA INÍCIO DA AÇÃO COLETIVA: ARQUITETANDO A PRÁTICA MUTIRANTE
    • A compra antecipada da terra: conquista do MCMV-e
    • Organização da demanda e as primeiras decisões
    • Projeto Participativo
    • O primeiro mutirão
    • Novela da contratação
  • OBRA O MUTIRÃO COMO ESTRATÉGIA E CONTRADIÇÃO
    • Mutirão como canteiro de obras: trabalho coletivo em canteiro
    • Mutirantes organizados em canteiro
    • O mutirão como protagonista: transformações sociais
    • Liberdade em canteiro
    • Aproximação através do mutirão
    • Trabalho coletivo e articulação
    • Solidariedade como virtude do mutirão
    • Hierarquias, autoridades e autogestão
  • PÓS-OBRA QUANDO O MUTIRÃO VIRA CASA
    • O dia da escolha
    • Fim da obra, e agora?

O livro está disponível para download gratuito em nossa Biblioteca Digital (CLIQUE AQUI).