Cumprindo os compromissos de difusão do conhecimento produzido no âmbito do INCT Observatório das Metrópoles, disponibilizamos os resultados mais recentes, apresentados pelos pesquisadores do Observatório, em eventos científicos nacionais e internacionais. Os artigos divulgados são resultados das pesquisas no âmbito das três linhas do Observatório.
O pesquisador Rômulo Ribeiro, do Núcleo de Brasília, participou do 4º Congresso Luso-Brasileiro para o Planejamento Urbano, Regional, Integrado e Sustentável (Pluris) De 6 a 8 de Outubro de 2010, Algarve, Portugal. Rômulo, que também é professor da UNB, apresentou o trabalho Dispersão Urbana e Acessibilidade na Metrópole: Estudo de Caso de Brasília-RIDE, realizado em co-autoria com o professor Frederico de Holanda, também da UNB. No artigo foi realizada uma análise de integrada de índices morfológicos por meio dos setores censitários do IBGE. Trata-se de um estudo de caso em Brasília (levando em consideração, portanto todo o DF) e em sua Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), composta por 22 municípios. Buscou-se, com essa análise, correlacionar esses índices, de forma a avaliar o conjunto de municípios e verificar em que medida a integração, proposta na lei de formação desse aglomerado, é real. Clique aqui e leia o trabalho na íntegra.
O XI Seminario Internacional RII Red Iberoamericana de Investigadores sobre Globalización y Territorio (RII) também contou com a participação de pesquisadores do INCT Observatório. No evento, ocorrido entre os dias 28 a 30 de outubro de 2010 em Mendoza, na Argentina, a pesquisadora e doutora em Geografia, Rosa Moura, apresentou o artigo Arranjos Urbano-Regionais: uma Categoria Espacial Complexa na Metropolização Contemporânea da América Latina. O trabalho sintetiza a pesquisa desenvolvida na tese de doutorado da autora, que identifica e conceitua uma categoria espacial específica pela natureza e processo de formatação: os arranjos urbano-regionais (AURs). Esses arranjos são, por sua vez, unidades concentradoras de população, relevância econômico-social e infraestrutura científico-tecnológica, com elevada densidade urbana, forte articulação regional e extrema complexidade, devido à multiplicidade de fluxos multidirecionais de pessoas, mercadorias, conhecimento e de relações de poder que perpassam seu interior, participando de modo mais integrado nos âmbitos estadual, nacional e internacional, como os principais elos de inserção na divisão social do trabalho. Caracterizam-se, fundamentalmente, pela multiplicidade escalar, que é elemento ao mesmo tempo potencial e complexo para o desempenho de ações articuladas, práticas de cooperação e união na busca do desenvolvimento e da solução de problemas comuns. Clique aqui e leia o trabalho na íntegra.
Na sua 34º edição, o Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Gradução (ANPOCS) também contou com a participação dos pesquisadores do Observatório. O encontro foi realizado de 25 a 29 de outubro de 2010 em Caxambu, Minas Gerais. Nesta oportunidade, os pesquisadores Nelson Rojas de Carvalho, professor da UFRRJ, Filipe Souza Corrêa e Bianca Ghiggino, Mestrandos em Planejamento Urbano e Regional no IPPUR/UFRJ, apresentaram o trabalho Entre O Localismo e Universalismo: A Geografia Social dos Votos e a Questão Metropolitana. Os autores discutem e problematizam duas ilações caras à tradição de nossa sociologia política. A primeira refere-se à suposição segundo a qual nosso sistema proporcional, aliado à progressiva modernização do País, a um só tempo diluiria a representação de natureza localista e paroquial, própria dos coronéis, e daria espaço crescente à representação das áreas urbanas, espaços onde prevaleceria a representação de natureza ideológica e universalista. O segundo suposto diz respeito à qualificação, sem adjetivos, do espaço urbano como terreno uniforme, um mercado eleitoral homogêneo, competitivo e ideológico, em razão da dispersão dos recursos de poder que se processaria nesses espaços O artigo apresentado é resultante do projeto Localismo e Geografia Social do Voto que pertence a Linha de Pesquisa Governança Urbana, Cidadania e Gestão das Metrópoles. Os resultados apresentados, principalmente no que diz respeito ao mapeamento do mercado eleitoral na escala intra-urbana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, são inéditos, tanto no campo da ciência política no Brasil, como na discussão sobre a questão metropolitana. Confira o artigo. Nessa mesma linha, foi apresentado o trabalho Cidadania na Metrópole Desigual: A Cultura Política na Metrópole Fluminense. Neste artigo, os autores Luiz Cesar Ribeiro; Sérgio de Azevedo e Orlando Alves dos Santos Junior analisam a convivência de diferentes culturas políticas na Metrópole do Rio de Janeiro, utilizando como base tanto bibliografia teórica como indicadores sociodemográficos e de cultura política. Foram exploradas, conceitual e historicamente, as raízes da estreiteza do espaço cívico-político da metrópole fluminense, uma vez que ela permite fundamentar o tratamento do dados obtidos através de uma pesquisa do tipo survey, contrastando as três grande áreas da RMRJ (Zona Sul, Subúrbio Carioca e Baixada Fluminense). Os autores desenvolveram uma análise a partir de indicadores relativos às desigualdades das pré-condições do exercício da cidadania e aos diferenciais de intensidade do exercício da cidadania, buscando refletir como a partição da cultura cívico-política desencadeia uma política reprodutora desta mesma partição. Clique aqui e leia o trabalho.
Ainda na ANPOCS foram apresentados os trabalhos: Transformações Econômicas e Estrutura Social das Regiões Metropolitanas do Brasil de autoria de Lygia Costa e Marcelo Gomes Ribeiro e Mudanças Recentes nas Desigualdades Sociais: Um Olhar Sobre as Regiões Metropolitanas na Década De 2000 – Rio De Janeiro E Salvador, que inclui na autoria, além de Lygia e Marcelo, André Salata, pesquisador do Observatório e doutorando em Sociologia pela UFRJ. No primeiro trabalho, os autores analisam aevolução da estrutura social das metrópoles brasileiras, no período de 2001 a 2008, a partir das mudanças ocorridas na economia, sobretudo, no mercado de trabalho. Os autores partem da hipótese de que as transformações da economia brasileira, ocorridas, sobretudo, a partir da década de 1990 e com continuidades nos anos 2000, impactaram a estrutura social das regiões metropolitanas do país. Essa análise utiliza-se dos dados da PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –, elaborada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. No segundo artigo os autores investigam de que maneira o mercado de trabalho das Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro e de Salvador vêm se comportando diante dessas mudanças no quadro nacional, utilizando também dados das PNADs (IBGE) de 2001 até 2008, e uma metodologia de pesquisa que envolve indicadores econômicos e sociais, além de uma original estrutura sócio-ocupacional desenvolvida pelo Observatório das Metrópoles. Clique aqui e leia o trabalho na íntegra.
Última atualização em Qua, 10 de Novembro de 2010 20:11