Publicado na Revista Casa da Geografia de Sobral (RCGS), o artigo “Impactos da COVID-19 no mercado de trabalho metropolitano de Fortaleza no contexto de inflexão neoliberal” visa analisar os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho na Região Metropolitana de Fortaleza.
Escrito por Alexsandra Maria Vieira Muniz, José Borzacchiello da Silva e Jefferson Santos Fernandes, todos pesquisadores do Observatório das Metrópoles Núcleo Fortaleza, o texto constata que tanto o mercado de trabalho formal como o informal têm sido duramente afetados pela atual crise econômica, com queda de investimentos e aumento de desempregados.
Através de pesquisa bibliográfica e análise estatística com base nos dados do sistema Caged e da Pnad Covid-19, o trabalho aponta que o efeito da pandemia em Fortaleza durante os meses de janeiro a abril atingiu os setores que estavam na lista das restrições de funcionamento. Além disso, a principal fonte das famílias cearenses foi o auxílio emergencial do Governo Federal, posto que dos 184 municípios 138 têm mais de 40% da população cadastrada no Bolsa Família.
Confira o resumo:
Este trabalho se propõe a analisar os impactos causados pela pandemia do novo Coronavírus no mercado de trabalho metropolitano de Fortaleza. Para tanto, realizou-se pesquisa bibliográfica e análise estatística com base nos dados do sistema Caged e da Pnad Covid-19. Constatou-se que tanto o mercado de trabalho formal como o informal têm sido duramente afetados pela atual crise econômica, com queda de investimentos e aumento de desempregados. O mês de abril apresentou os maiores saldos negativos na taxa de empregabilidade, considerando que foi o período de pico dos casos de Covid-19 na RMF e manutenção das medidas de fechamento das atividades consideradas não essenciais. No espaço metropolitano, tem-se os piores índices de empregabilidade com saldo negativo em todos os 19 municípios, com destaque para a capital Fortaleza. A principal fonte das famílias cearenses tem sido o auxílio emergencial do Governo Federal, posto que dos 184 municípios 138 têm mais de 40% da população cadastrada no Bolsa Família. O impacto econômico e social da pandemia ainda é difícil de ser dimensionado. Entretanto, é possível estimar o custo da vida de milhares de pessoas, a falência de empresas, sobretudo, as de pequeno e médio porte, e, consequentemente, a destruição de muitos empregos.
Palavras-Chave: Mercado de trabalho. Economia urbana. Covid-19
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