Fórum Social Temático: Jogos Limpos nas Cidades e Megaeventos
O INCT Observatório das Metrópoles realiza em parceria com o Instituto Ethos, a ONG Atletas pela Cidadania e a Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis o seminário “Jogos Limpos nas Cidades e Megaeventos”, dentro da programação do Fórum Social Temático 2012, que será realizado no período de 24 a 29 de janeiro em Porto Alegre (RS). A atividade autogestionária se insere dentro do Eixo Temático 4: Sujeitos Políticos, Arquitetura de Poder e Democracia.
O Fórum Social Temático (FST) se inscreve no processo do Fórum Social Mundial e será uma etapa preparatória para a Cúpula dos Povos na Rio+20. O evento acontecerá do dia 24 a 29 de janeiro de 2012 e será sediado por Porto Alegre e cidades da região Metropolitana – Gravataí, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo. Como um espaço aberto e plural, a programação do Fórum será fundamentalmente constituída por atividades propostas e geridas por movimentos, coletivos e organizações da sociedade civil, relacionadas ao tema “Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental”. Além disso, o Fórum acolherá também o encontro de redes internacionais, articuladas em torno de Grupos Temáticos de reflexão sobre assuntos pertinentes ao Fórum. O diálogo no âmbito dos grupos já está em andamento, na Plataforma de Diálogos do Fórum Social Temático.
Leia a apresentação do Fórum Social Temático 2012: Por que “Crise capitalista, Justiça Social e Ambiental?
Seminário Jogos Limpos nas Cidades e Megaeventos
A gestão democrática prevendo a participação da sociedade na formulação e execução de políticas públicas é de fundamental importância para a promoção de um modelo de desenvolvimento mais equitativo e sustentável. Quando tratando de políticas e planejamento urbano, a participação social deve ser um imperativo para a construção de cidades mais justas e sustentáveis.
O Brasil assiste hoje uma importante e crescente organização de movimentos cobrando participação. Em especial os movimentos urbanos, tratando de questões diversas como direitos humanos, acesso à moradia, transporte, saúde, educação, assistência social, fiscalização de recursos públicos e combate à corrupção, agenda do trabalho decente, soluções ambientais, a busca por cidades mais justas e sustentáveis. É oportuno ressaltar ainda que pela primeira vez o País está em um processo conferencial para debater políticas públicas sobre controle social e transparência, o que levará delegados de todos os estados para a 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social.
Nesse contexto, a realização de megaeventos como a Copa do Mundo da Fifa em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016 trazem à tona questões fundamentais. Os grandes investimentos de recursos públicos e os seus impactos na estrutura das cidades trazem importantes oportunidades para o planejamento urbano, ao mesmo tempo em que promovem desafios que devem ser trazidos à pauta e ao debate. É nesse sentido que o projeto Jogos Limpos propõe atividades de promoção do controle social, bem como da integridade nas relações entre setor público e privado, e de prevenção da corrupção. O projeto propõe, ainda, a reunião de um coletivo de organizações envolvidas em agendas para a promoção do legado positivo dos megaeventos.
Dentre as organizações que compõe o Comitê Nacional do projeto estão: Atletas pela Cidadania, Central Única dos Trabalhadores, Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade, Confelegis, Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, Amarribo Brasil, Confea, Observatório das Metrópoles, Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Pacto Global da ONU, IDEC, Copa e Olimpíadas para Sempre, Observatório Social e Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. A Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos oferecem oportunidade importante para estimular o desenvolvimento através de investimentos que, se bem planejados, geridos e orientados, devem se tornar permanente um bem social. Mais ainda, a realização de tais eventos traz a oportunidade de convocação para participação da sociedade no planejamento urbano. Os anos 2014 e 2016 serão marcos na história do país, e o Brasil ainda pode buscar um melhor aproveitamento dessa oportunidade para construção de um legado que vá além da infra-estrutura, promovendo valores e respeito aos direitos humanos.