Como parte do Dossiê Nacional “As Metrópoles e a Covid-19” Volume II, apresentamos a versão estendida das análises elaboradas para algumas Regiões Metropolitanas (RMs) do país. Nesta segunda parte, são disponibilizados os relatórios completos produzidos para as RMs do Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.
Lançado no início do mês, o Dossiê Nacional “As Metrópoles e a Covid-19” traz um rico e denso panorama do impacto da pandemia sobre os principais aglomerados metropolitanos da rede urbana brasileira. As análises locais apresentam com maior detalhamento os dados e as informações sobre as iniciativas empreendidas pelo poder público para o enfrentamento da pandemia de Covid-19, além de denunciar eventuais situações de violações de direitos humanos e sociais, com foco nos territórios populares e grupos sociais vulneráveis.
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A seguir, confira as análises locais:
A Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) concentra mais de 70% da população estadual e é a região mais dinâmica economicamente, concentrando infraestrutura e as indústrias do estado. Trata-se, também, da região com maiores contradições sociais e desigualdade socioespacial. Merece destaque o município do Rio de Janeiro, com mais de 6,5 milhões de habitantes, concentração de serviços e da atividade turística da região. Também é preciso mencionar os municípios da Região Metropolitana que fazem parte da Baixada Fluminense (Japeri, Queimados, Nova Iguaçu, Mesquita, Belford Roxo, Nilópolis, São João de Meriti e Duque de Caxias), caracterizados como área de periferia da capital, compartilhando graves problemas sociais e de infraestrutura urbana.
A análise está organizada em quatro partes. A primeira é composta por textos que trazem diversos aspectos socioeconômicos, compondo o diagnóstico da situação atual do estado frente à pandemia de Covid-19. A segunda parte se dedica à análise das ações do poder executivo para enfrentamento dos impactos da Covid-19. Por sua vez, a terceira parte aborda as ações alternativas de enfrentamento à pandemia nas periferias e favelas, realizadas por redes e articulações locais. Por fim, a última parte se dedica aos marcos regulatórios de proteção de direitos propostos e aprovados no contexto da pandemia.
Acesse o relatório da RMRJ.
Para a Região Metropolitana de Salvador (RMS) são apresentadas informações sobre a realidade da cidade-polo e, sempre que disponíveis, dos demais 12 municípios que compõem a metrópole. Salvador é a maior cidade do estado da Bahia e, segundo o último Censo Demográfico, concentrava cerca de 79% da população da RMS. Por ser uma cidade periférica no tecido urbano e econômico brasileiro, é marcada por grande pobreza, desigualdades e formas de vulnerabilidade social.
A análise está estruturada em quatro eixos: a) um panorama atual da pandemia na RMS; b) governança e políticas de enfrentamento da Covid-19; c) acesso à saúde, à educação, ao trabalho e à renda; d) conflitos no território e violações de direitos. A partir dessas dimensões, os autores discutem o panorama da epidemia do ponto de vista das desigualdades intraurbanas, incluindo também a perspectiva dos movimentos sociais e dos moradores de bairros populares sobre a realidade vivida. São também abordadas as relações intergovernamentais, especialmente entre o governo do estado e a prefeitura de Salvador, e as medidas adotadas por estes entes federativos, bem como as políticas de mobilidade, transferência de renda e apoio socioeconômico, as transformações dos instrumentos de gestão, caso especial das parcerias público-privadas, e os limites e desafios da gestão pública.
Acesse o relatório da RMS.
O primeiro caso oficial de Covid-19 em território nacional foi registrado na cidade de São Paulo, em 25 de fevereiro de 2020, uma terça-feira de carnaval. Quase um mês após o primeiro caso, o governo estadual de São Paulo decreta, em 22 de março, quarentena para todo o estado, que já contabilizava aproximadamente 1.052 casos e 58 óbitos causados pelo vírus. A taxa de acumulada até 09 de setembro de 2021 mostra uma mortalidade de 396,04 óbitos por 100 mil paulistanos, ou seja, um óbito em cada 252 paulistanos.
A análise sobre a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) se concentra nos protocolos e ações governamentais do governo estadual, bem como as questões das desigualdades e espacialidades no estado, na Macrometrópole Paulista (MMP) e no município de São Paulo, sendo possível compreender a dimensão da pandemia e suas consequências sociais e econômicas.
Acesse o relatório da RMSP.