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Dossiê das Violações do Direito ao Esporte e à Cidade: cadê o legado esportivo da Olimpíada do Rio de Janeiro?
Nos dias 28 e 29 de março de 2015, o Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas do Rio de Janeiro realizou uma missão para verificar as denúncias de violações do direito à cidade vinculadas ao legado esportivo da Olimpíada do Rio de Janeiro. A comitiva do Comitê Popular visitou os seguintes equipamentos esportivos: Estádio de Remo da Lagoa, Campo de Golfe (Barra da Tijuca), Parque Olímpico (Barra da Tijuca), o Maracanã, o Estádio de atletismo Célio de Barros, o Parque Aquático Júlio Delamare, e a Marina da Glória (Aterro do Flamengo).
O relatório que se segue é produto dessa atividade, e busca não somente registrar as denúncias coletadas durante a missão, como recuperar o recente contexto de violações ao direito à cidade, com foco no direito ao esporte, violações essas vinculados à ausência de legados esportivos na preparação da cidade para o megaevento esportivo da Olimpíada de 2016. Como poderá ser observado na leitura deste relatório, sob o aparente discurso em torno dos legados sociais e esportivos, e da oportunidade de modernização e ordenação da cidade, estabelece-se um padrão de relação entre o poder público e a cidade, marcado por arbitrariedades e violações de direitos, onde o acesso público ao esporte parece ter muito pouca ou nenhuma prioridade. A Olimpíada era apresentada como uma oportunidade para ampliar a rede púbica de equipamentos esportivos para a população, mas, faltando um ano para a realização dos jogos, fica evidente que os eventuais ganhos serão pontuais e seletivos, em algumas poucas áreas da cidade.
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