No caso da atual crise hídrica, o governo do Estado de São Paulo é sem dúvida o maior responsável, não pela falta de chuva, mas pelos enormes danos que a população está sofrendo. E é responsável porque responde pela política de saneamento, recursos hídricos e meio ambiente de São Paulo, além de ser ao mesmo tempo o regulador e maior acionista da Sabesp.
O texto “Desastres não são naturais”, da professora Raquel Rolnik, foi publicado na Folha de S. Paulo. Em comemoração aos 94 anos do jornal, colunistas foram convidados para opinar sobre temas atuais, Rolnik falou sobre a crise hídrica em São Paulo.
O Observatório das Metrópoles divulga um trecho da análise a seguir e convida seus leitores a ler a reflexão completa de Raquel Rolnik que mostra que a crise hídrica é um problema de gestão pública e não desastres da natureza.
O governador Alckmin é culpado pela crise hídrica em São Paulo?
Raquel Rolnik: Sim. Pobre governador, como poderia prever uma seca tão grave como a que vem ocorrendo na região metropolitana de São Paulo e outras áreas do Sudeste há pelo menos dois anos? De fato, este, como outros desastres ligados a fenômenos da natureza como terremotos e inundações não são controláveis, mas suas conseqüências, e, sobretudo, seus efeitos sociais e econômicos podem ser evitados ou, ao menos, minimizados.
No caso da atual crise hídrica, o governo do Estado de São Paulo é sem duvida o maior responsável não pela falta de chuva, mas pelos enormes danos que já estamos sofrendo a partir desta. Por quê?
O governo do estado é responsável pela política de saneamento, recursos hídricos e meio ambiente de São Paulo, além de ser ao mesmo tempo o regulador e maior acionista da Sabesp.
Leia a análise completa no site da Folha.
Última modificação em 26-02-2015