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Inspirada no filme argentino “Medianeiras” (2011), Priscilla Xavier apresenta, para a edição nº 19 da Revista e-metropolis, um ensaio fotográfico que coloca em foco os prédios da região central do Rio de Janeiro. A perspectiva é de quem circula, de quem olha de dentro, de quem enquadra e tem afeto pela arquitetura da cidade.

Priscilla Xavier é graduada em Comunicação Social e em Ciências Sociais, mestre em Planejamento Urbano e Regional pelo IPPUR/UFRJ e doutoranda na mesma instituição.

Acesse a edição nº 19 da Revista e-metropolis.

 

CONCRETO E AFETOS: ENQUADRAMENTOS DA REGIÃO CENTRAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Priscilla Xavier

No filme argentino Medianeras (2011), de Ricardo Taretto, uma trama romântica tem início com uma reflexão filosófica do quanto a arquitetura e a estrutura urbana influenciam nossas vidas. O país é enorme, mas as pessoas e as atividades se concentram em poucas cidades.

Prédios imensos são construídos ao lado de prédios pequenos. Um prédio tem estilo francês, outro bem próximo tem estilo moderno, e não muito distante um outro reúne tantos estilos que atinge estilo algum. Para Ricardo Taretto, a falta de critérios na construção dos prédios é a mesma que aproxima pessoas muito distintas.

Neste ensaio fotográfico me inspiro nos argumentos do filme de Taretto e coloco em foco os prédios da região central do Rio de Janeiro. Às vezes o olhar de quem circula, às vezes o olhar de quem está dentro. Entre o igual e o diferente, entre o próximo e o distante, entre o estilo e a própria inadequação a um estilo consagrado, se delineia na paisagem a distinção entre o público e o privado, entre ruas e avenidas, entre o trabalho e o lazer, entre a luz do dia e as luzes artificiais, entre os prédios isolados e os que se adaptam a um conjunto. E mais do que a distinção ou a harmonia, a forma, as cores, e, de modo amplo, a composição visual do que se projeta na região central, o ensaio tende à decantação da aura dos afetos que animam a paisagem urbana.

Veja as imagens do ensaio “Concretos e afetos: enquadramentos da região central” na edição nº 19 da Revista e-metropolis.

 

Última modificação em 07-02-2015