Análise dos dados do Censo 2010 mostra que Santos é a cidade mais feminina do Brasil. Nos dados de 2000, o município detinha uma razão de sexo muito baixa, 86,0 homens por 100 mulheres e, em 2010, passa a ter a menor razão de sexo do país, 84,4. Um das razões é que o contingente masculino diminuiu em números absolutos, 1.310 homens a menos, e o feminino continuou crescendo, 2.727 mulheres a mais.
No caso específico de Santos, além da mortalidade diferencial por sexo, outros fatores devem ser considerados na explicação dos valores encontrados, a migração seletiva em busca de trabalho também poderia estar contribuindo para esses resultados.
O Censo Demográfico 2010 evidenciou, para o total do País, uma relação de 96,0 homens para cada 100 mulheres, acentuando a tendência histórica de predominância feminina na composição por sexo da população do Brasil, uma vez que em 2000 esse indicador era de 96,9 homens para cada 100 mulheres (IBGE, 2011).
A idade média da RMBS era em 2000 de 28,1 anos e envelheceu quatro anos, para 32,1 em apenas uma década; no município sede esse fenômeno foi muito mais acentuado, também a idade média ficou quatro anos mais velha, mas o patamar de comparação inicial, 33,6, que era maior que o final para a região avançou em 2010 até 37,6 anos.
RM da Baixada Santista
A Região Metropolitana da Baixada Santista, RMBS, criada pela Lei Complementar nº 815, de 30 de julho de 1996, ocupa um território de 2.373 km², e é formada por nove municípios: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.
Cabe destacar em relação à regionalização por Mesorregiões, que a Região Metropolitana da Baixada Santista apresenta a particularidade de seis de seus municípios – Bertioga, Cubatão, Guarujá, Praia Grande, Santos e São Vicente – pertencerem à Microrregião de Santos, componente da Mesorregião Metropolitana de São Paulo, e os três restantes, Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe, junto com Itariri e Pedro de Toledo – estes dois últimos não integrantes da Região Metropolitana da Baixada Santista – constituírem à Microrregião de Itanhaém, componente da Mesorregião do Litoral Sul Paulista.
A Região da Baixada Santista alcançou em 2010 uma população de 1.663.082 habitantes. Durante os anos 2000 experimentou um incremento populacional da ordem de 186.000 pessoas aproximadamente. Apesar da diminuição na década, o peso da população do município sede, Santos, na região, permanece sendo o mais elevado, 28,3% em 2000 e 25,2% em 2010.
Crescimento
Nos períodos de 1980/1991 e de 1991/2000, as taxas de crescimento, com valores muito próximos, correspondendo, respectivamente a 2,18% e 2,17%, eram superiores à taxa do Estado de São Paulo. Já no período 2000/2010, é notória a diminuição, em torno de 80%, do ritmo de crescimento da população, tanto no estado como na Baixada Santista, com taxas muito próximas à média do país, 1,2%.
Também é possível observar, que houve decréscimos no crescimento populacional, entre 2000 e 2010, em todos os municípios que compõem a região, porém com grande variação de ritmo. Santos e os municípios de seu entorno, Cubatão, Guarujá e São Vicente, apresentaram as menores taxas de crescimento populacional – inferiores a 1% ao ano -, enquanto os mais distantes registraram as maiores. O menor crescimento, 0,04% ao ano, entre 2000 e 2010, coube a sede regional, o município de Santos.
Neste mesmo período, o município de Bertioga, o menor da região em termos populacionais, foi o que apresentou a maior taxa de crescimento do Estado, 4,8% ao ano, mas foi também o que teve a maior redução no seu ritmo de crescimento (137%).
Distribuição da população
A composição populacional por municípios da RMBS, em termos percentuais, é decorrente da trajetória das variáveis demográficas, fecundidade e mortalidade, que respondem pelo crescimento vegetativo e migração (interna e/ou internacional), cuja combinação, resulta no crescimento populacional total, que já foi comentado anteriormente.
O peso da população do município sede, Santos, na região, em que pese à diminuição na década, permanece sendo o mais elevado, 28,3% em 2000 e 25,2% em 2010. Com intensidades diferentes, os municípios definidos como centrais, Cubatão, Guarujá e São Vicente, também perdem representatividade na região; os restantes, Bertioga, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe e Praia Grande, novamente destacando que com ritmos muito variados, atuam no sentido contrário. Desta equação, resulta que o peso conjunto dos quatro municípios que reduzem a participação passa de 74,1% em 2000 a 69,8% (perda de 4,3%) e o peso daqueles que aumentam, se transforma no período de 25,9% em 30,2%.
Acesse o relatório completo “A Região Metropolitana da Baixada Santista no Censo 2010” aqui.
