Os primeiros resultados do Censo 2010 revelam que o Estado do Rio de Janeiro atingiu a marca de 15.989.929 habitantes. Na década de 2000 o estado experimentou um incremento populacional da ordem de 1,5 milhões de pessoas aproximadamente. Apesar de algumas mudanças, o peso da população metropolitana no estado permanece bastante elevado, 75,7% em 2000 e 74,2% em 2010.
Com o objetivo de explorar esses resultados o Observatório realizou um levantamento utilizando a divisão mesorregional que partilha o território do estado do Rio de Janeiro em seis mesorregiões. O objetivo é identificar tendências demográficas, mais especificamente as mudanças na distribuição e na composição da população entre os anos de 2000 e 2010, destacando sobretudo a relação da Região Metropolitana e o restante do estado. Com essa análise do Rio de Janeiro pretende iniciar uma série de matérias relacionadas à dinâmica demográfica das metrópoles brasileiras no contexto de sua inserção estadual.
Mudanças no Interior
Algumas das mudanças populacionais ocorreram no interior, onde especialmente a Região das Baixadas Litorâneas aumentou seu percentual de participação (de 3,2% para 4,3%), seguida da Região Norte Fluminense (de 4,9% para 5,4%). Ocorre também uma pequena diminuição na participação tanto do núcleo metropolitano como de sua periferia, no entanto, a preponderância da população da metrópole ainda é muito grande.
A Região das Baixadas Litorâneas apresentou maior ritmo de crescimento populacional, bastante elevado em comparação às outras regiões, atingindo quase 4% a.a. Em seguida está a Região Norte Fluminense, com crescimento populacional de 2,05%, enquanto a Região Sul cresceu 1,30% no período. As demais regiões do Estado, inclusive a metropolitana, tanto o núcleo quanto a periferia, apresentaram crescimento abaixo de 1% a.a., apesar da periferia ser maior do que o núcleo da metrópole, é importante dizer.
O interior é mais masculino
A participação de homens no total da população no interior é um pouco maior do que na região metropolitana; a região que chamamos de Serrana, já apresenta um percentual menor, valor que diminui na periferia metropolitana, e reduz-se ainda mais no núcleo da metrópole – o município do Rio de Janeiro. Nos espaços não-metropolitanos que os homens parecem viver mais, contrariando a tendência da metrópole e do país.
Aumento da participação feminina nas regiões
Os dados revelam também que diminui a participação dos homens nas regiões individualmente e aumenta a das mulheres, verifica-se, inclusive, como a participação destas é maior tanto em 2000 como em 2010, sendo mais elevada na região metropolitana.
Tendência de envelhecimento populacional
Em todo o estado a idade média da população aumentou de 2000 a 2010, revelando as tendências do envelhecimento populacional. Entretanto, especialmente no núcleo da RM essa idade é maior, revelando o avanço deste processo na capital do estado. Mas vale notar também que em 2010, a região noroeste apresentou uma idade média bem próxima a da capital, tendo um aumento em anos bastante considerável no período. Já a menor idade média em 2010 ficou para a Região Norte Fluminense. Comparando a estrutura etária do Estado do Rio de Janeiro com a do Brasil, podemos notar que este estado apresenta uma composição mais envelhecida do que o país em geral. Apesar da redução da fecundidade já bastante acentuada em 2000, neste ano a faixa etária mais larga era a de 15 a 19 anos no estado, revelando uma estrutura ainda jovem. Na década de 2000, o envelhecimento populacional se acentua e a faixa mais larga para homens e mulheres em 2010 passa a ser a de 25 a 29 anos, cada vez mais a parte central da pirâmide torna-se expressiva. Até 24 anos, o processo é de estreitamento das faixas de idade; embora a faixa de 35 a 39 anos que tenha apresentado uma redução, no momento é a população em idade ativa que ganha maior participação, os idosos também seguem abarcando maior parcela populacional.
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Última atualização em Qui, 02 de Junho de 2011 00:27