Em artigo publicado na revista Ensaios de Geografia, do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF), pesquisadores do Núcleo Fortaleza analisaram as redes dos serviços de saúde do Ceará no contexto da pandemia.
Vinculados à Universidade Federal do Ceará (UFC), Jefferson Santos Fernandes, José Borzacchiello da Silva e Alexsandra Maria Vieira Muniz constataram, através de estudo bibliográfico, análise estatística e construção de mapas temáticos, que o desequilíbrio da rede urbana cearense e a desigualdade socioespacial são fatores agravantes no combate à doença.
O Ceará é o terceiro estado do país mais afetado pela COVID-19. A Secretaria de Saúde do Ceará aponta que a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da rede pública da capital chegou a 100% e no estado 77%. O número acumulado de casos cresce de forma geométrica.
Segundo os autores:
“(…) O investimento em testes rápidos e a centralidade de Fortaleza na rede urbana com um intenso fluxo aéreo e rodoviário, o que facilita a transmissão comunitária, nos ajuda a entender o porquê de tantos casos no estado. O vírus vem se expandindo para as cidades do interior que não têm para onde enviar os pacientes. Na capital, o sistema de saúde está operando com sua capacidade máxima e os bairros da periferia são os que mais sofrem com a crise. A COVID-19 é como uma lupa que faz saltar aos olhos de todos as nossas desigualdades socioespaciais”.
Confiro o artigo “Ceará e pandemia de COVID-19: novos (velhos) desafios das redes dos serviços de saúde” na íntegra, CLIQUE AQUI.