Mesa 2, com a participação de Antônio Veríssimo, Luciana do Lago, Tarcyla Ribeiro e Ricardo Corrêa Crédito: CAU/RJ
Representantes de entidades da sociedade civil, estudantes, arquitetos e urbanistas e outros profissionais participaram do VI Encontro do CAU/RJ com a Sociedade, na última sexta-feira, 28 de julho, para discutir a participação e controle social na elaboração e implementação de planos e projetos; e o direito à cidade no exercício da arquitetura e do urbanismo.
O evento reuniu debatedores do Observatório Social do Rio de Janeiro, Casa Fluminense, Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura (Fenea), Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Instituto de Estudos da Religião (Iser), Pastoral de Favelas, Laboratório de Estudos das Transformações do Direito Urbanístico Brasileiro (Ledub), Fundação Bento Rubião e Observatório das Metrópoles e contou com o apoio do Colegiado de Estadual de Entidades de Arquitetura e Urbanismo (CEAU: Abap, Abea, Asbea, Fenea, IAB e Sarj).
“A sexta edição do Encontro com a Sociedade foi construída de uma forma diferente: com a participação efetiva de um colegiado de entidades de arquitetura e urbanismo e da sociedade civil, com o objetivo de discutir formas de tornar a cidade mais inclusiva , com uma atuação efetiva, ética e social do profissional na luta pelo direito à cidade”, explicou o vice-presidente do CAU/RJ Luís Fernando Valverde na abertura do evento. A mesa de abertura contou também com a participação do presidente do IAB-RJ, Pedro da Luz, representando o CEAU, e de Itamar Silva, que falou em nome das entidades organizadoras.
A primeira mesa, mediada pela vice-presidente do CAU/RJ Maria Isabel Tostes, teve a presença de Vitor Mihessen, da Casa Fluminense, que apresentou o Painel de Monitoramento da Casa Fluminense, trabalho que reúne avaliações de sete indicadores sobre as prefeituras nos 21 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Márcio André Martins falou sobre a participação estudantil na elaboração de planos e projetos sociais em nome da Fenea, e Tatiana Bastos, do recém-criado Observatório Social do Rio de Janeiro, abordou alguns mecanismos de transparência na gestão pública, além de explicar a atuação da instituição.
Depois de os convidados responderem perguntas da plateia e de uma rica troca de ideias foi a vez da segunda mesa, mediada pelo Conselheiro do CAU/RJ Antônio Augusto Veríssimo. Ricardo Corrêa, da Fundação Bento Rubião, apresentou um breve histórico da habitação de interesse social no país e questionou a baixa participação do Rio de Janeiro no programa Minha Casa Minha Vida Entidades.
Já Tarcyla Ribeiro, do Laboratório de Estudos das Transformações do Direito Urbanístico Brasileiro (Ledub), fez diversos questionamentos à MP 759/2016 de regularização fundiária, aprovada recentemente, apontando problemas e formas de enfrentar a nova legislação. A mesa contou ainda com a participação de Luciana Correa do Lago, do Observatório das Metrópoles e IPPUR, que falou sobre a cidade produzida pelos programas de habitação popular e criticou o modelo focado na construção de condomínios fechados.
No final do encontro o presidente do CAU/RJ, Jerônimo de Moraes, agradeceu a colaboração das entidades que ajudaram a organizar o evento. “No CAU somos apenas 25 Conselheiros, além dos suplentes. É por meio dessa capilaridade das entidades que conseguimos chegar a mais pessoas. Esperamos realizar outros encontros como este em nossa sede e desejamos que o VI Encontro com a Sociedade gere desdobramentos, grupos de trabalho em articulação com profissionais de outras áreas. Nosso desafio e nossa missão é mostrar para a sociedade a importância social da arquitetura e urbanismo”, afirmou Jerônimo de Moraes.
» Com informações da ASCOM do CAU/RJ.