Capitais e Favelas | Raimundo Batista
Um emaranhado de casas coloridas e sobreposições de edifícios que moldam aglomerados urbanos; pessoas que se debruçam nas janelas a olhar a cidade; estreitas ruas que se insinuam com seus carros e passantes na metrópole de São Paulo; e cartões postais como a Igreja da Penha e o Pão de Açúcar. Essas são algumas das paisagens reconstruídas pelo artista alagoano Raimundo Batista na exposição “Capitais e Favelas”, em cartaz até o dia 16 de dezembro no Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, no Rio de Janeiro. As peças esculpidas em madeira é um bom exemplo do olhar do artista popular sobre a vida nos grandes centros urbanos.
Uma iniciativa do Ministério da Cultura, do Iphan e do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, a exposição “Capital e Favelas” é um retrato da trajetória do multifacetado Raimundo Arte, Raimundo das Favelas, ou simplesmente Raimundo Batista. Marcado pelos processos migratórios, ele teve que sair de sua terra natal, a cidade de Lagoa da Canoa, no agreste alagoano, para tentar a vida nas grandes metrópoles do Sudeste. Ao retornar para a sua terra, se descobriu como artista.
Raimundo conta que o estímulo para se dedicar à escultura em madeira veio do encontro com o escultor e folclorista Zezito Guedes em Arapiraca. Nesse momento, fazia moldes de máscaras em madeira. Passou a apurar seu entalhe e começaram a surgir as primeiras esculturas de figuras humanas. Logo lhe vieram à mente as lembranças do que havia vivido em São Paulo e Rio de Janeiro, as paisagens urbanas, as formas de morar das pessoas em encostas e favelas. Começou a surgir a principal marca de seu trabalho, a escultura de cidades e suas favelas.
Serviço
Inauguração e lançamento | Raimundo Batista
13 de novembro a 16 de dezembro de 2012
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular
Rua do Catete, 179 (metrô Catete), Rio de Janeiro/RJ
Terça a sexta-feira, das 11h às 18h
Sábados, domingos e feriados, das 15h às 18h
www.cnfcp.gov.br