Em protesto, ativistas do Greenpeace instalaram um banner em forma de ônibus na porta da Prefeitura de São Paulo cobrando prorrogação do prazo para consulta pública ao edital de licitação.
A Prefeitura de São Paulo cedeu à pressão de ONGs e decidiu reabrir o prazo para consulta pública da licitação de transporte rodoviário da cidade. Com valor estimado em R$ 140 milhões, a concorrência selecionará empresas que irão operar os ônibus municipais por, pelo menos, duas décadas.
A consulta e envio de sugestões aos editais esteve aberta por 30 dias, tendo sido encerrada no último dia 10 de agosto. Diversas entidades se mobilizaram reivindicando prorrogação do prazo. Após uma reunião na manhã do dia 11, a Secretaria de Transportes anunciou a reabertura do prazo até o dia 31 de agosto.
Participaram da reunião o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), o Instituto Energia e Meio Ambiente (Iema), o Greenpeace e a rede Nossa São Paulo. As quatro entidades haviam protocolado uma carta pedindo mais 60 dias de prazo para a consulta, além da realização de audiências públicas.
Na carta, as entidades alegaram que, nos 22 dias úteis da primeira consulta, considerando uma carga horária de trabalho de 8 horas diárias, seria preciso ler uma das 5 mil páginas do edital a cada dois minutos.
As entidades argumentam que para abertura da licitação devem ser discutidas questões como o transporte intermodal, novas linhas e conexões, novos modelos de transporte, uso de combustíveis não poluentes, entre outros pontos.
Além da prorrogação do prazo, a prefeitura anunciou que o edital será discutido na próxima reunião do Conselho Municipal de Transportes e Trânsito, marcada para o dia 20 de agosto, e que técnicos irão tirar dúvidas sobre a licitação em um grupo temático.
Confira a íntegra da carta que cobrava a prorrogação do prazo.
Para participar da consulta pública, acesse o site da Secretaria Municipal de Transportes da Prefeitura de São Paulo.