Um espaço público pode ser funcional, cheio e altamente “instagrameável”, e ainda não significar nada para as pessoas que o utilizam. Um senso de pertencimento só surge em um espaço público quando muitas pessoas atribuem significado a este espaço ao longo do tempo.
No momento, nenhuma quantidade de coleta de dados quantitativos pode capturar como esse placemaking (criação de lugares) ocorre. A atribuição de significado e de apego ao espaço é lenta, internalizada e dispersa, acumulando-se através de incontáveis pequenos momentos de afeição, surpresa e simbolismo que são melhor captados através da observação pessoal direta. Esses momentos requerem interpretação – através de sinais como expressões faciais, linguagem corporal, proximidade e tom de voz – em que os neurotípicos humanos se sobressaem.
Este artigo do site RioOnWatch é a primeira de uma série de três que exploram a arquitetura dos bons espaços públicos, as métricas intangíveis que dão ao espaço público um senso de lugar, com base em entrevistas, em vídeo, com Fred Kent.
Este primeiro artigo desta série explora o afeto no espaço público. Leia a matéria original em inglês no site Projeto por Espaços Públicos (PPS). O RioOnWatch traduz matérias do inglês para que brasileiros possam ter acesso e acompanhar temas ou análises cobertos fora do país que nem sempre são cobertos no Brasil.
A Rede INCT Observatório das Metrópoles divulga o trabalho da RioOnWatch a fim de apoiar a produção de conteúdo independente e crítico sobre as cidades, e, especialmente, pela qualidade dessa iniciativa que tem oferecido perspectivas para observar o Rio de Janeiro.
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Veja o vídeo da série Projeto por Espaços Públicos (PPS)