Pesquisadores do INCT Observatório das Metrópoles irão participar, no período de 24 a 26 de agosto, do Iº Congresso Latinoamericano de Estudios Urbanos para debater o tema Pensar a cidade: os desafios da investigação na América Latina no século XXI. O encontro será a ocasião para a formalização da entrada de Buenos Aires e do Instituto del Conurbano (ICO) na rede do Observatório.
O Iº Congresso Latinoamericano de Estudios Urbanos é organizado pelo Programa Universitário de Estudos sobre a Cidade, pertencente ao Instituto de Investigações Sociais da Universidade Nacional Autônoma do México; pelo Instituto del Conurbano (ICO), da Universidade Nacional de General Sarmiento (UNGS), e pela Revista Mundo Urbano, da Universidade Nacional de Quilmes. O objetivo do encontro é promover a consolidação do campo dos estudos urbanos, fortalecendo os intercâmbios acadêmicos entre pesquisadores, centros de pesquisa e países da América Latina e o resto do mundo.
Os eixos do congresso serão 1) a economia das cidades latinoamericanas: especificidades e políticas de desenvolvimento econômico urbano e regional; 2) planejamento, urbanismo e processos de urbanização; 3) a gestão ambiental das cidades, seus dilemas e desafios; 4) políticas urbanas: balanço, perspectivas e desafios de gestão; 5) a territorialização da questão social e das políticas sociais.
Dentro do eixo 3, a pesquisadora do Observatório Ana Brito irá apresentar os resultados da pesquisa Dilemas e desafios da política pública de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município do Rio de Janeiro.
Já no eixo 4, a pesquisadora Luciano Correa do Lago irá mostrar os resultados da investigação Política urbana e autogestão na produção das cidades brasileiras, resultado dos estudos sobre cooperativismo habitacional em São Paulo e Porto Alegre. De acordo com Lago, participar do congresso e levar a experiência da autogestão de moradia para Buenos Aires é fundamental. “A Universidade Nacional de General Sarmiento fica na periferia da capital argentina e tem formado muitos estudantes que moram na periferia dessa grande metrópole. Entre seus objetivos está a capacitação de profissionais para pensar a cidade a partir do seu entorno, é neste lugar que se insere a prática autogestionária de moradia”, explica.
Para mais informações acesse o site do Iº Congresso Latinoamericano de Estudos Urbanos.
Parceria Instituto del Conurbano (ICO)
O Instituto del Conurbano (ICO) é uma das quatro unidades que integram a Universidade Nacional de General Sarmiento (UNGS) e pesquisa a problemática moderna das cidades, em particular a região metropolitana de Buenos Aires, com o propósito de formar profissionais altamente capacitados para intervir em processos de desenvolvimento democráticos, equitativos e sustentáveis.
Após a participação no congresso, os pesquisadores do Observatório das Metrópoles – o coordenador nacional Luiz Cesar Ribeiro, a pesquisadora do núcleo de Porto Alegre, Rosetta Mammarella, as professoras Ana Lúcia Britto, do PROURB/UFRJ, e Luciana Lago, do IPPUR/UFRJ – irão se reunir na sede do ICO para formalizar a parceria. Segundo Luciana, o encontro será usado para a apresentação das linhas de pesquisa dos dois institutos e a aproximação de pontos de investigação em comum sobre a metrópole. “O Observatório também poderá participar da criação do doutorado do Instituto Conurbano, isso também será avaliado”, informa.
A problemática metropolitana é objeto de estudo e formação do ICO. Sua complexidade precisa de aproximações que integrem as diferentes dimensões que a constituem e dêem conta delas: política, social, econômica, organizativa, urbanística e ambiental. Ao mesmo tempo, resulta necessário outorgar conhecimento significativo que opere como diagnóstico da situação e que também contribua – sob uma perspectiva da pesquisa, formação e serviços profissionais – com a identificação de tendências e com a elaboração de propostas de solução.
Neste marco, os objetivos identificados pelo Instituto del Conurbano são os seguintes:
1. Desenvolver pesquisas científicas orientadas a uma maior compreensão das possibilidades e obstáculos no desenvolvimento das regiões urbanas.
2. Contribuir com o desenho de políticas públicas e programas de ação comunitária eqüitativos, eficientes e participativos.
3. Contribuir com o desenvolvimento de uma esfera pública onde os problemas da vida urbana sejam discutidos.
4. Contribuir com a formação contínua de profissionais especialmente qualificados para intervir na geração de processos equitativos e democráticos de desenvolvimento sustentável.
Para mais informações sobre o ICO, acesse aqui.