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Turismo e conflitos urbanos: uma história que ninguém quer contar

O livro digital “Turismo e conflitos urbanos: uma história que ninguém quer contar”, de Andrea de Albuquerque Vianna, aborda a relação entre o turismo e os conflitos urbanos na cidade de Natal por intermédio da análise das denúncias e/ou reivindicações publicadas na mídia impressa entre 2006 e 2010. A obra contribui para uma melhor compreensão da atividade turística no meio urbano, em que, comumente, se apresentam posições opostas: a messiânica, na qual o turismo aparece como a solução para quaisquer problemas da cidade; e a visão vilanizada, em que o turismo surge como causador desses mesmos problemas.

O estudo de Andrea de Albuquerque Vianna tem por objetivo compreender a relação entre a implantação e o desenvolvimento do Turismo em Natal e os conflitos urbanos estabelecidos entre 2006 e 2010 e divulgados pela mídia impressa, divisando seus impactos no cotidiano dos residentes. Enquanto uma releitura parcial do método regressivo-progressivo desenvolvido pelo filósofo francês Henri Lefebvre, busca recortar do presente, contradições que promovam reações no cotidiano da cidade; assim como identificar momentos do passado que possam contribuir para sua compreensão. No presente, tem-se a imprensa, como principal fonte para se observar a percepção local dos problemas gerados pelo espaço concebido, a partir das ações do Estado referentes à atividade.

Do passado, essas situações são buscadas em fontes secundárias, destacando-se o diálogo com o Relatório Conflitos Urbanos em Natal-1976-1986 (ANDRADE et al.,1986), que apresenta os conflitos existentes em momentos que antecederam ou acompanharam o início do desenvolvimento da atividade no RN, especialmente em Natal. Enquanto contribuição à compreensão do papel do Turismo no surgimento de conflitos urbanos na cidade são também incluídas nos recortes do vivido, ações do Estado quanto à sua consolidação, assim como dos conflitos que mais se destacaram ou que conduziram a reação da população da cidade nos períodos analisados.

Ao final, busca-se demonstrar os limites da responsabilidade da atividade turística na emergência dos principais conflitos urbanos na cidade. A análise dos dados da pesquisa, com a identificação dos conflitos urbanos de Natal e sua relação com o Turismo; o mapeamento dos conflitos quanto à localização, frequência e seu enquadramento nas categorias de análise adotadas; a identificação dos agentes interessados e a relação entre eles; levaram à confirmação da hipótese proposta. Desta forma, considerando-se os recortes temporal e espacial, a fonte de pesquisa e a metodologia adotados, conclui-se que a atividade turística em Natal não é diretamente responsável pelo surgimento dos conflitos urbanos da cidade.

Acesse a pesquisa “Turismo e conflitos urbanos”.

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Publicado em Publicações | Última modificação em 09-11-2017 10:45:23