Daiane Menezes e Ana Júlia Possamai, da FEE e do Núcleo Porto Alegre do Observatório das Metrópoles, foram as vencedoras do Prêmio Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD Brasil), na categoria Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas. O artigo “Desenvolvimento humano e bem-estar urbano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras” utiliza o Índice de Bem-Estar Urbano – IBEU, criado pelo Observatório das Metrópoles, como uma quarta dimensão do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).
O PNUD Brasil divulgou no mês de agosto os vencedores do Prêmio Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Foram cerca de cem artigos acadêmicos recebidos e avaliados por uma comissão julgadora formada por nove especialistas de seis instituições do país. Além do PNUD, participaram da comissão representantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Fundação João Pinheiro, da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação.
Com o artigo “Desenvolvimento humano e bem-estar urbano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras”, Daiane Menezes e Ana Júlia Possamai, da FEE e do Núcleo Porto Alegre do Observatório das Metrópoles, foram as vencedoras na categoria Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas. O trabalho utiliza o Índice de Bem-Estar Urbano – IBEU, criado pelo Observatório das Metrópoles, como uma quarta dimensão do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).
Segundo a pesquisadora Daiane Menezes, o trabalho busca mostrar que as capacidades e oportunidades provenientes da educação, da renda e da saúde são complementadas pelo que as cidades oferecem de condições ambientais, habitacionais, de mobilidade urbana, além de serviços coletivos e de infraestrutura, gerando um índice mais amplo de qualidade de vida.
Os artigos premiados, baseados nos dados do site Atlas Brasil, farão parte de publicação a ser lançada no final de 2015.
Desenvolvimento humano e bem-estar urbano nas regiões metropolitanas brasileiras: um novo índice sintético
O Observatório das Metróoles divulga o artigo “Desenvolvimento humano e bem-estar urbano nas regiões metropolitanas brasileiras: um novo índice sintético”, das pesquisadoras Daiane B. Menezes e Ana Júlia Possamai, no qual mostram a complementaridade dos índices IDHM e IBEU para o planejamento de políticas públicas para o Brasil.
Segundo as autoras, indicadores e índices possibilitam lidar com diferentes dimensões da realidade, sendo instrumentais à tomada de decisão. O Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU) afere a qualidade de vida nas regiões metropolitanas brasileiras a partir da perspectiva socioespacial. Já o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) mede a qualidade de vida sob uma ótica socioeconômica. Essas medidas, no entanto, oferecem retratos parciais e complementares. Ao comparar dados do IDHM e do IBEU para 15 Regiões Metropolitanas (RMs) e seus núcleos, este artigo mostra as correlações de Renda, Longevidade e Educação (dimensões do IDHM) com Mobilidade Urbana, Atendimento de Serviços Coletivos, Condições Ambientais, Habitacionais e de Infraestrutura (dimensões do IBEU).
Os resultados das correlações indicam proximidade entre as dimensões, mas não sobreposição. Sendo assim, a união desses indicadores em um único índice, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Urbano (IDHM-U), principal objetivo deste artigo, possibilita uma análise mais compreensiva sobre a realidade das metrópoles brasileiras.
O artigo “Desenvolvimento humano e bem-estar urbano nas regiões metropolitanas brasileiras: um novo índice sintético” está disponível no site da FEE.
O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
O Atlas Brasil é um site de consulta ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e outros 200 indicadores socioeconômicos. Desenvolvido pelo PNUD, Ipea e Fundação João Pinheiro com base nos dados dos Censos Demográficos de 2010, 2000 e 1991, o Atlas traz informações dos 5.565 municípios brasileiros, 27 estados, 20 regiões metropolitanas e mais de 9 mil UDHs*.
O Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU)
O INCT Observatório das Metrópoles lançou, em agosto de 2013, o livro “Índice de Bem-estar Urbano – IBEU” com o propósito de oferecer a atores governamentais, universidades, movimentos sociais e sociedade civil em geral o mais novo instrumento para avaliação e formulação de políticas urbanas para o país.
O IBEU procura avaliar a dimensão urbana do bem-estar usufruído pelos cidadãos brasileiros promovido pelo mercado, via o consumo mercantil, e pelos serviços sociais prestados pelo Estado. Por meio do índice é possível analisar indicadores de mobilidade urbana; condições ambientais urbanas; condições habitacionais urbanas; atendimento de serviços coletivos urbanos; infraestrutura urbana para os 15 grandes aglomerados urbanos que o INCT Observatório das Metrópoles identificou em outros estudos como as metrópoles brasileiras, por exercerem funções de direção, comando e coordenação dos fluxos econômicos.
Para atingir o objetivo proposto, o IBEU foi concebido em dois tipos: Global e Local. O IBEU Global é calculado para o conjunto das 15 metrópoles do país, o que permite comparar as condições de vida urbana em três escalas: entre as metrópoles, os municípios metropolitanos e entre bairros que integram o conjunto das metrópoles.
Já o IBEU Local é calculado especificamente para cada metrópole, permitindo avaliar as condições de vida urbana interna a cada uma delas. No segundo semestre de 2013 a Rede Nacional Observatório das Metrópoles publicou análises sobre o IBEU Local relativas às 18 principais regiões metropolitanas do país.
Todas essas informações estão reunidas agora no site do IBEU. O leitor vai encontrar as análises do IBEU Global e IBEU Local, os mapas, as tabelas com os dados gerais de análise, vídeos e quase tudo que foi publicado pela imprensa brasileira sobre o tema.
Site Índice de Bem-estar Urbano IBEU
Faça o download do livro “Índice de bem-estar urbano – IBEU” [versão pdf]