Crédito: observaSP/Reprodução
No calor dos debates da eleição do presidente norte-americano Donald Trump, os alunos da University of California in Los Angeles (UCLA) se juntaram para conceber e implementar um curso de planejamento abolicionista que pretende resistir ao Trumpismo. O trabalho foi orientado pela professora Ananya Roy, que participou da Mesa Redonda – “Remoções no novo milênio: o novo e o velho na política urbana” do XVII Encontro Nacional da ANPUR. A equipe do blog observaSP cobriu o evento e apresenta um resumo da palestra de Ananya Roy.
Organizado em oito partes, o curso de planejamento coordenado por Roy conclama os planejadores a se recusarem a projetar, planejar ou construir sistemas que dividam e oprimam comunidades, incluindo o muro proposto entre os Estados Unidos e o México; a declararem seus espaços como sendo “santuários” para os imigrantes sem documentos, planejando-os para todas as vítimas de injustiça; a se comprometerem a abolir o encarceramento em massa e o complexo prisional-industrial, ampliando a “abolição” de todos os sistemas que promovem a exclusão racial e social; e a refletirem crítica e historicamente sobre a economia política do planejamento para entender e resistir à nossa cumplicidade com os sistemas racial e patriarcal do capitalismo.
Para isso, o curso apresenta as estruturas e os temas críticos envolvidos e sugere estratégias de resistência em grupo e de construção de alternativas, ainda que sejam iniciais e em pequena escala.
Conteúdo muito atual e importante para refletir sobre a atividade de planejamento urbano!
Veja como foi a mesa aqui, coordenada pela professora e urbanista Raquel Rolnik, e que também contou com a participação dos professores Oren Yiftachel (Ben-Gurion University of the Negev, Beersheba, Israel), Gautham Bahn (Institute for Human Settlements, Bangalore, Índia) e Carlos Vainer (IPPUR/UFRJ).
Mais informações no blog observaSP.