Equipe do INCT Observatório das Metrópoles participou de encontro, no dia 18 de outubro no Rio de Janeiro, com Delegação Chinesa formada de gestores públicos e deputados da Província de Hunan, representados pela Câmara do Comércio e Indústria Brasil China Macau. O professor Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro proferiu uma palestra sobre a as Tendências da Transição Urbana na América Latina e no Brasil, e debateu o caso de urbanização da cidade do Rio de Janeiro.
A convite da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China Macau, o INCT Observatório das Metrópoles participou de encontro com a Delegação Chinesa de Hunan com o objetivo de apresentar experiências de urbanização na América Latina e no Brasil. O Observatório foi representado pelo profº Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro; pelo pesquisador Pedro Paulo Bastos; e pelo jornalista Breno Procópio.
Já a Delegação Chinesa de Hunan contou com o Sr. Liu Shan, Diretor Geral da Comissão de Desenvolvimento da Província de Hunan; He Zongwang, Diretor da Comissão de Economia Rural da Província de Huan; Wang Lie, Especialista em Projetos do Departamento de Economia da Hunan; Zhang Yun, Senior do Departamento de Finanças e Economia Estrangeira de Hunan; entre outros.
Na palestra sobre a Transição Urbana na América Latina e no Brasil, Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro apontou questões com a dispersão dos grandes centros urbanos; aumento do preço da moradia nas áreas já ocupadas; expulsão das populações mais pobres para as periferias das grandes metrópoles; e o aumento da motorização na AL devido a ausência de políticas públicas efetivas de transporte coletivo.
“Durante a palestra para os gestores de Hunan busquei mostrar que não é possível pensar soluções urbanas — como moradia, água e transporte — sem pensar a cidade como um todo. Esse é um problema de planejamento. A política urbana na América Latina promove e induz ainda mais a dispersão e o aumento dos custos das cidades. No Brasil, por exemplo, vemos moradias para as classes mais populares sendo construídas nas periferias metropolitanas, locais onde o preço da terra não é tão caro, mas onde não existe infraestrutura para atender essa população”.
O encontro com a Delegação Chinesa de Hunan representou mais uma ação da Rede INCT Observatório das Metrópoles voltada para a difusão internacional da sua produção científica. Segundo Luiz Cesar Ribeiro, o Observatório já promove ações de cooperação com a América Latina (Rede Latino-americana de Pesquisadores em Teoria Urbana – Relateur), América do Norte (EUA e Canadá), Europa, África do Sul e Índia. “Queremos agora ampliar o nosso dialogo internacional e, quem sabe, buscar uma cooperação científica com a China”, defende.