A professora Eliana Kuster nos faz viajar um pouco ao lançar a pergunta: até que ponto a forma das nossas cidades é resultante da evolução dos nossos meios de transporte? Através do olhar da arquiteta, acompanhamos a exposição “Circuler – Quand nos mouvements façonnent les Villes”, que ocupou a Cité de l’Architeture & Du Patrimoine, em Paris entre abril e agosto de 2012. Da cidade medieval à metrópole pós-moderna, são apresentadas as múltiplas formas de ocupação e organização do espaço urbano decorrentes dos diversos tipos de transporte utilizados em cada etapa da história.
Qualquer pessoa que habite uma cidade, circula por ela. Em diferentes horas, por diferentes meios, todos nós transitamos pelo espaço urbano como parte das nossas jornadas diárias. E qualquer um que já tenha se deslocado através do mesmo percurso por meios de transporte distintos sabe que há enormes diferenças entre eles. A depender do veículo utilizado – automóvel, bicicleta, ônibus, metrô – ou mesmo à pé –, podemos vivenciar diversas mudanças: o tempo que dura o deslocamento, o que vemos durante o caminho, se o fazemos de forma solitária ou acompanhados de outras pessoas que estão utilizando o mesmo meio de transporte, ou mesmo as distâncias que podemos atingir com cada um deles.
Se podemos verificar essas diferenças de maneira individual, o que dizer então do seu impacto em uma cidade? Vista de maneira coletiva, elas se amplificam, influenciando a maneira de se organizar do tecido urbano, as dimensões que uma cidade pode tomar e mesmo as dinâmicas de relacionamento entre os seus habitantes.
Acesse “Quando nossos movimentos definem as cidades”, da professora Eliana Kuster, na edição nº 10 da revista eletrônica e-metropolis aqui.