Entre os dias 21 e 26 de setembro de 2025, ocorrerá o XVI ENANPEGE – Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia, em Macapá (AP). Com o tema “Geografias em um mundo em crises”, o evento reunirá pesquisadores, docentes e discentes do Brasil e exterior em conferências, mesas-redondas, grupos de trabalho e lançamentos de livros. Trata-se de uma oportunidade de troca de conhecimento e fortalecimento da pesquisa geográfica sediada pela capital amazônica do Meio do Mundo.
As inscrições para apresentação de trabalhos em Comunicação Oral e Relato de Experiência foram prorrogadas até 30 de abril de 2025. Para saber mais, acesse: www.enanpege.com.br
Divulgamos o Grupo de Trabalho (GT) 41, intitulado “METRÓPOLE E METROPOLIZAÇÃO DO ESPAÇO: PROCESSOS E DINÂMICAS“, coordenado pelos pesquisadores(as) do INCT Observatório das Metrópoles, Olga Lúcia Castreghini de Freitas (UFPA), José Borzacchiello da Silva (UFC), Sandra Lencioni (USP) e Paulo Roberto Rodrigues Soares (UFRGS), além de Álvaro Ferreira (PUC-Rio).
A seguir, a ementa do GT:
A discussão clássica que aborda as dimensões da metrópole e de sua região metropolitana recompõe-se diante da nova dinâmica espacial, exigindo uma atualização desse debate. O processo de metropolização não se restringe às áreas metropolitanas; e, além do mais, tem uma dimensão cultural. Ou seja, ele vem acompanhado de uma alteração profunda da cultura mercantil, a qual atinge todas as esferas da vida e incide sobre espaços de toda ordem. Assim, é certo afirmar que os hábitos culturais e os valores urbanos próprios da metrópole se difundem para além dela. Nas pequenas e médias cidades, por exemplo, podemos encontrar hábitos culturais e valores que antes eram próprios e exclusivos daqueles que viviam nas metrópoles. A metropolização está ligada à grande intensidade de fluxos de pessoas, mercadorias e capitais, do crescimento das atividades de serviços e de cada vez maior demanda do trabalho imaterial, da concentração de atividades de gestão e administração, da cada vez maior utilização de tecnologias de informação e comunicação, de grande variedade de atividades econômicas com maior concentração de serviços de ordem superior, da exacerbação da associação entre o capital financeiro, promotores imobiliários e da indústria da construção, da produção de um modo de viver e de consumo que se espelha no perfil da metrópole. Explodem mundo afora processos de reestruturação e gentrificação. Trata-se de profundas mudanças, que modificam fortemente o cotidiano e impõem a necessidade de criação de novas táticas e estratégias de ação e gestão. Tais transformações, de cunho social e espacial, que demandam novas formas de pensar e de problematizar o planejamento e a gestão urbana e regional, sugerem, igualmente, esforços acadêmicos com o intuito de aprofundar, sistematizar e propor novas leituras acerca da metropolização do espaço e da metrópole. É nesse sentido que a ANPEGE se constitui um espaço privilegiado para a realização dessa discussão tão cara ao desenvolvimento da ciência geográfica.
Submeta o seu resumo expandido até 30 de abril! Acesse: www.enanpege.com.br