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isbn | 9786552520524

Padrões de produção do espaço na longa duração do capitalismo

Por Igor Pouchain Matela
Assuntos: Capitalismo; Ciências políticas; Ciências econômicas
publicado por Letra Capital Editora
Brasil 266 páginas publicado em 2024

Nas últimas décadas, especialmente na virada do século XX para o XXI, o debate crítico sobre as questões urbanas e regionais passou por uma importante inflexão. Até mais ou menos ou anos 1980, a produção acadêmica esteve focada nos processos que resultavam das contradições da industrialização. No caso da América Latina e mais especificamente do Brasil, as preocupações giravam em torno de compreender os efeitos de uma industrialização periférica que não havia conseguido superar o subdesenvolvimento e a dependência em relação aos países centrais. Questões como a rápida urbanização e metropolização, a intensa migração campo-cidade, a formação de uma massa marginal urbana, os desafios da produção habitacional, a segregação socioespacial nas cidades, a dicotomia legal-ilegal do trabalho e da moradia, a emergência das classes médias e de novos movimentos sociais com bases urbanas, o desenvolvimento desigual das regiões do país, a modernização conservadora do campo etc. foram típicas dos estudos e pesquisas no período. Junto a isso, pensava-se em como o planejamento e as políticas estatais poderiam enfrentar os problemas decorrentes desses processos. Esse cenário muda gradativamente do final dos anos 1980 em diante. Refletindo as transformações mais gerais a nível mundial, as novas questões passam a tentar capturar as mudanças associadas ao processo de globalização que, associado ao triunfo de uma nova ordem neoliberal, arrebatava todos os países. Assim, o relativo enfraquecimento do poder de ação dos Estados nacionais frente às dinâmicas capitalistas teria necessariamente repercussões nas formas de produção e gestão do espaço tanto nos países centrais quanto nos periféricos. Os debates passam a apontar a imposição de uma razão de mercado, a predominância do valor de troca sobre o valor de uso, seja nas cidades seja na escala regional.

 

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