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O Coque e a convenção urbana no Recife

By 06/11/2014janeiro 29th, 2018Artigos Científicos, Revistas Científicas
Favela do Coque - Recife

Favela do Coque – Recife

Neste artigo da Revista e-metropolis nº 18, Larissa Rodrigues de Menezes, através do estudo de caso da Zona Especial de Interesse Social denominada Coque, localizada no centro da cidade de Recife (PE), debate as recentes investidas que o capital imobiliário tem feito em áreas pobres consolidadas e outras áreas protegidas da cidade. A discussão toma como base a noção de convenção urbana e de fragmentação.

O artigo “O Coque e a convenção urbana no Recife”, é um dos destaques da edição nº 18 da Revista eletrônica e-metropolis.

Abstract

This article aims to discuss the recent advances performed bythe real estate market over consolidated poor areas and other protected areas in Recife – Pernambuco – which also count on the help of decrees and irregular approvals by the municipal government. The discussion will be based on the notion of urban convention and fragmentation.


INTRODUÇÃO

O presente artigo busca lançar luz sobre as recentes investidas do capital imobiliário em Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) e outras áreas protegidas na cidade do Recife – capital de Pernambuco –, em especial no que diz respeito à ZEIS Coque, no centro da cidade. Para tanto, serão usados como fundamentação os conceitos de convenção urbana, como explicitado por Abramo (1995),e de fragmentação, baseado no trabalho de Lacerda (2012).

A ZEIS Coque está localizada na região central do Recife, nos bairros de Ilha Joana Bezerra e São José, o qual, por sua vez, é o bairro com o maior número de monumentos históricos tombados em nível federal da cidade, possuindo também parte de sua área protegida como patrimônio histórico-cultural em esfera municipal. O Coque tem, portanto, localização privilegiada. É cortado pela via perimetral que conecta as zonas norte e sul da cidade – e da região metropolitana – e pela linha do metrô, possuindo um Terminal de Integração (TI) em seu território. Além de fazer fronteira com um bairro de grande importância histórica, também está próximo ao polo médico do Recife, um dos maiores do país.

Apesar de suas vantagens locacionais, em 2005, o Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife1 publicou um ranking do Desenvolvimento Humano, no qual o Coque ficou em último lugar dentre as ZEIS. De acordo com as lideranças locais, lá residem cerca de 40 mil pessoas, que enfrentam diversas dificuldades, inclusive em conseguir empregos fora do Coque, devido ao preconceito associado ao lugar.

No entanto, em vez de se mudar, a população luta por melhorias em seu local de moradia que não signifiquem a expulsão dos moradores, assegurando o direito de permanência reconhecido para habitantes de ZEIS.

Acesse o artigo completo na edição nº 18 da Revista e-metropolis.

 

Publicado em Artigos Científicos | Última modificação em 06-11-2014 09:39:31