“O Célio de Barros é Nosso!”: legado social no contexto dos megaeventos
O Comitê Popular Rio Copa & Olimpíadas convida a população carioca a participar do ato “Atletas contra a Demolição do Célio de Barros”, que acontecerá no dia 31 de janeiro na Associação Brasileira de Imprensa (ABI/RJ). O encontro é mais uma ação da sociedade civil e dos movimentos sociais contra o projeto de reforma do Maracanã que está sendo executado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, o qual já consumiu cerca de R$ 800,00 milhões de recursos públicos e prevê a demolição do Estádio de Atletismo Célio de Barros, do Parque Aquático Júlio de Lamare, do antigo Museu do Índio e da Escola Municipal Freidenreich.
No dia 9 de janeiro de 2013, sem nenhum aviso prévio, o Estádio Célio de Barros, localizado no Complexo do Maracanã (RJ), amanheceu com as portas trancadas. Centenas de atletas tiveram que voltar pra casa sem sequer ter acesso a seus materiais de treinamento e ficaram sem lugar pra treinar. Projetos sociais de iniciação ao esporte foram paralisados. Competições e eventos foram suspensos.
O estádio, construído em 1954, tem capacidade para 3.500 espectadores e suas pistas consagraram vários dos maiores atletas do país, como Maurren Maggi, Ademar Ferreira da Silva e Joaquim Cruz, o que demonstra o valor histórico do lugar para a população. Segundo a Federação de Atletismo do Rio de Janeiro (FARJ), o local é frequentado diariamente por uma média de 600 pessoas. Entre elas estão as que participam de projetos esportivos, como o Rio 2016, que oferece aulas de iniciação de atletismo a jovens de sete a 17 anos, além dos programas voltados para a terceira idade.
O Ato “Atletas contra a Demolição do Célio de Barros” tem como propósito apresentar uma manifestação pública em defesa do estádio e exigir mais incentivo ao esporte, e a construção de um legado social à população brasileira no contexto dos megaeventos.
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Última modificação em 30-01-2013 12:21:37