Mais de trinta organizações da sociedade civil fluminense divulgam a Agenda Rio 2017 – um conjunto de diretrizes e propostas de políticas públicas para a região metropolitana do Rio de Janeiro – a partir de eixos como Gestão, Promoção de Igualdade e Aprofundamento Democrático.
Idealizada e coordenada pela Associação Casa Fluminense, a Agenda Rio 2017 foi construída ao longo do último ano a partir de debates com especialistas sobre temas setoriais da gestão pública, entrevistas com atores sociais de destaque em diferentes municípios da Região Metropolitana e um amplo processo de consulta online. A Agenda incorpora ainda o acúmulo das reflexões geradas no interior das instituições parceiras e no trabalho individual dos associados da Casa Fluminense, em um esforço de síntese em duas etapas: mapeamento dos desafios prioritários na agenda pública do estado e elaboração de propostas para seu enfrentamento.
Dentre as principais ideias levantadas estão a criação de programas de redução de homicídios com direcionamento dos esforços para as áreas de maior incidência de mortes violentas, como a Baixada Fluminense; a articulação de políticas de regulação urbana, desenvolvimento econômico e moradia para favorecer a integração e proximidade entre espaços de trabalho, residência e lazer; e a elaboração de um plano de mobilidade metropolitano que priorize a recuperação da malha de trens como principal artéria de deslocamento na metrópole.
José Marcelo Zacchi, diretor executivo da Casa Fluminense, explica que a iniciativa busca contribuir para “expandir no espaço e no tempo a pauta pública do estado – no espaço, estendendo-a universalmente ao conjunto completo da metrópole; no tempo, procurando expandir seus horizontes e desafios para além do calendário dos grandes eventos esportivos em 2014 e 2016”.
“Conseguimos incluir no processo várias organizações que já são protagonistas na construção de uma cidade metropolitana mais democrática e que vinham apresentando alternativas para superação das diversas desigualdades” – diz Eduardo Alves, articulador da Agenda e Diretor do Observatório de Favelas. “O desafio colocado agora é articular esse protagonismo com a síntese da Agenda Rio 2017 e estabelecer canais para o diálogo com a população, ampliando cada vez mais a cidadania ativa no Rio de Janeiro para transformar em conquistas as proposições apresentadas”, completa.
Além de buscar inserir a visão metropolitana universalista e democratizante no debate eleitoral, a Agenda Rio 2017 espera estimular processos de interação e elaboração contínuas entre instituições, governos e cidadãos, reunindo e provendo subsídios para o debate consistente de políticas públicas. O documento foi apresentado no início de agosto aos chefes dos comitês de campanha e será debatido com os candidatos ao governo do Rio nas próximas semanas.
Lista de organizações que contribuíram para a elaboração da Agenda
Agência de Redes para Juventude
Biblioteca Comunitária Solano Trindade
Fórum Comunitário de Jardim Gramacho
Instituto Ecologic
Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade – IETS
Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB/RJ
Instituto de Estudos da Religião – ISER
Laboratório de Estudos Urbanos – CPDOC/FGV
Redes de Desenvolvimento da Maré
Publicado em Notícias | Última modificação em 16-09-2014 22:50:18