A revista Cadernos Metrópole convida pesquisadoras e pesquisadores das diversas áreas de conhecimento, que abordam a questão urbana e regional, a enviarem artigos sobre o tema “Precarização do trabalho, nova informalidade e território”, referente à edição nº 59. Os artigos podem ser redigidos em língua portuguesa, espanhola, inglesa ou francesa.
Com organização de Maria do Livramento Clementino, Juliana Bacelar de Araújo e Beatriz Tamaso Mioto, o dossiê visa selecionar estudos teóricos e empíricos que discutam o avanço da precarização do trabalho e da nova informalidade e seus reflexos para as cidades e o território, bem como sua relação com o debate da Reforma Urbana e o direito à cidade.
A revista, um dos principais produtos do Observatório das Metrópoles, é A1 no Qualis/CAPES para a área de Arquitetura e Urbanismo.
A data limite para o envio de artigos é 15 de março de 2023.
Precarização do trabalho, nova informalidade e território
Organizadoras: Maria do Livramento Clementino, Juliana Bacelar de Araújo e Beatriz Tamaso Mioto
Nas últimas quatro décadas, o mercado de trabalho brasileiro passou por importantes transformações relacionadas à mudança na composição setorial da economia, ao novo paradigma tecnológico e informacional, às novas formas de flexibilização do trabalho e à ideologia do empreendedorismo. Tais fenômenos refletem-se na desestruturação legal/institucional e na piora qualitativa do mercado de trabalho, o que reedita e aprofunda características históricas, tais como a informalidade, precarização, alta rotatividade, baixos salários e reduzida proteção social. Avança-se para uma “nova informalidade”, intensificada pela economia de plataformas, que assume formas como uberização, autoemprego (frequentemente via figura jurídica do microempreendedor individual e da pejotização), terceirização, subcontratação etc. A Reforma Trabalhista de 2017 consolidou isso nos contratos formais através da intermitência, do trabalho parcial e por demanda. A esses condicionantes soma-se a crise econômica e a pandemia da Covid-19 que deterioram os indicadores de trabalho e renda.
Essas modificações vêm alterando as dinâmicas territoriais, acirrando o conflito distributivo e piorando as condições da vida da população. Assim, colocam-se questões sobre a reestruturação do mercado de trabalho e a relação que as novas formas de trabalho têm com a produção das cidades em geral, e das metrópoles e das cidades médias em particular. A precarização e redução da renda; o trabalho remoto e híbrido e a produção imobiliária; a dinâmica da produção, circulação e distribuição das mercadorias e a oferta de trabalho; a mobilidade e a jornada de trabalho; os serviços e o comércio online; as facções e a produção industrial nos pequenos e médios municípios; são exemplos para (re)pensar tais relações.
Esta Chamada objetiva, portanto, selecionar estudos teóricos e empíricos que discutam o avanço da precarização do trabalho e da nova informalidade e seus reflexos para as cidades e o território, bem como sua relação com o debate da Reforma Urbana e o direito à cidade.
Data-limite para envio dos trabalhos: 15 DE MARÇO DE 2023.
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