A Red Latinoamericana de Investigadores sobre Teoría Urbana (RELATEUR) apresenta o seu novo livro, intitulado “Las políticas neoliberales y la ciudad en América Latina: desafíos teóricos y políticos“. A obra foi organizada por María Carla Rodríguez e Pedro Pírez, sendo composta por alguns dos trabalhos apresentados no V Seminário Internacional da RELATEUR, realizado entre 27 e 30 de julho de 2021.
Segundo os organizadores, os trabalhos apresentam diferentes aspectos regionais e urbanos de uma conjuntura internacional que arrasta como pano de fundo uma crise evidenciada em 2007/2009 com a posterior desaceleração da economia mundial que impactou em maior desigualdade e empobrecimento da população mundial e que dão conta das particularidades regionais que esse processo assumiu.
A obra traz dois artigos escritos por pesquisadores vinculados ao Observatório das Metrópoles. O primeiro, “Financeirização periférica, neoextrativismo e urbanização dependente na América Latina“, é de autoria de Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro e Nelson Diniz. Os autores refletem sobre o caso brasileiro e argumentam sobre a relevância de atualizar a teoria da dependência diante da crise sistêmica do capitalismo, abordada em termos de ajustes espaço-temporais e ciclos sistêmicos de acumulação, para compreender as novas modalidades de dependência que se manifestam no atual ciclo rentista e neoextrativista, em sua dimensão urbano-metropolitana.
Já o artigo “Inflexão neoliberal, milícias e o controle dos territórios populares: desafios para a teoria urbana crítica na América Latina“, foi escrito por Orlando Alves dos Santos Junior. Partindo da crise do progressismo no Brasil e da ascensão de Jair Bolsonaro, o autor investiga as bases de legitimação dos projetos conservadores, abordando teoricamente um aspecto subdesenvolvido na análise política: a relação entre valores e projetos societários amplos (dimensão universal). os territórios vividos diariamente pelas pessoas (dimensão particular); Essa abordagem torna compreensível a expansão de fenômenos como as milícias urbanas como correlato da experiência conservadora, mas também dá conta do território como âncora onde podem surgir movimentos sociais e insurgências de caráter emancipatório.
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