Promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), ocorreu na quarta-feira, dia 29, o Seminário “Comunicação da ciência: prática fundamental ou acessória?“. A transmissão foi realizada pelo Youtube e contou com a participação da pesquisadora do Núcleo Rio de Janeiro e gestora da Comunicação do Observatório das Metrópoles, Tuanni Borba, juntamente com o debatedor Vitor Sendra (ASCOM/UENF) e mediação de Gustavo Smiderle (Revista Terceiro Milênio/UENF).
Logo no início do debate, Borba apresentou a rede e a finalidade da sua comunicação, que foi formalmente constituída em 2011. “Nossos objetivos são divulgar o que está sendo produzido pelos mais de 300 pesquisadores(as) que compõem a rede, além integrá-los(as) e engajá-los(as) continuamente, comunicar as nossas pesquisas para um público não especializado e influenciar o campo do planejamento urbano e regional. Hoje somos uma referência na área, mas são necessários esforços contínuos. Destaco também o papel das Revistas Científicas e-metropolis e Cadernos Metrópole que são fundamentais para a manutenção dessa relevância e influência”, pontuou Borba.
Conforme a pesquisadora, para reforçar a relevância do debate sobre a questão metropolitana no desenvolvimento nacional e viabilizar a inserção dos temas no debate público, o público-alvo da comunicação da rede são os atores que estão dentro da academia, mas também aqueles que tem incidência no campo do urbano e metropolitano e que participam da tomada de decisões na esfera pública. “Dentre as reflexões sobre divulgação científica na sua prática, destaco a importância de considerarmos a questão da interdisciplinaridade, da cooperação, da contextualização, das políticas públicas e do seu papel crítico e político. Cada vez mais no campo da divulgação cresce o debate que situa a ciência no seu contexto social, econômico e cultural, essas reflexões precisam se refletir na prática, pois as pautas das questões étnicas, de gênero e raça não podem ser negligenciadas”, ressaltou Borba.
Para o debatedor Vitor Sendra, além de fazer a divulgação científica e filtrar os conteúdos a serem divulgados, os profissionais desta área têm que desconstruir de verdades que a sociedade recebeu como absolutas. “Todo esse trabalho é de desconstrução, isso é uma rotina dentro do jornalismo sério e de divulgação científica. Precisamos entender o que está acontecendo, como vamos combater e trabalhar para desconstruir. Assustador é o número de pessoas que se informa por grupos de WhatsApp e Telegram, com notícias que buscam desestabilizar a ciência e educação”, afirmou Sendra. Segundo ele, a mídia teve um importante papel no atual contexto, como, por exemplo, quando defendeu a necessidade de vacinação para conter a propagação da Covid-19, além da iniciativa do consórcio de veículos de imprensa que realiza a apuração dos dados da pandemia, como os casos de infectados e os óbitos.
Confira o registro do evento: