Se no início de 2020 a perspectiva para os municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) era de investimentos e alta arrecadação, após nove meses houve queda na economia e de recursos emergenciais para a área da saúde, devido à pandemia da COVID-19. Todas as cidades foram afetadas, destacando a oportunidade e a necessidade de um trabalho integrado na RMC.
A questão é abordada na reportagem do jornal Banda B, que entrevistou Olga Lúcia Firkowski, professora do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Paraná e pesquisadora do Núcleo Curitiba do Observatório das Metrópoles. Na ocasião, Firkowski destacou a importância de uma gestão integrada e participativa entre os municípios da RMC.
“As cidades precisam ter a obrigação de criar políticas conectadas e a pandemia fez com que os prefeitos prestassem a atenção na necessidade de uma ação conjunta. É hora de aproveitar a forma dura da aprendizagem para ter estratégias de ações supra municipais. Não cabe mais você não reformar uma ponte no limite de uma cidade por uma briga política”, salientou.
Os gestores públicos entrevistados (Márcio Wozniack, prefeito de Fazenda Rio Grande e diretor da Associação dos Municípios do Paraná, e Gilson Santos, presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba) endossaram a necessidade de uma união duradoura entre os municípios, mesmo no período após a pandemia. O transporte metropolitano é um grande exemplo de como os municípios não podem mais agir isoladamente:
“O transporte coletivo foi colocado como o vilão e tivemos que fazer algo rigoroso neste sentido. O uso da máscara, por exemplo, aconteceu no transporte coletivo. São 14 cidades com integração, não existe isso em outros países. Será necessário repensar a forma de custear o serviço de forma conjunta”, apontou Santos.
A entrevista está disponível no site do jornal Banda B, CLIQUE AQUI.