A União de Ciclistas do Brasil (UCB) lançou a campanha “Bicicleta para Futuros Possíveis”. A iniciativa tem por finalidade oferecer assessoria para que organizações dialoguem e encaminhem sugestões aos municípios para o aprimoramento da ciclomobilidade no enfrentamento da pandemia. A campanha segue como desdobramento da ação inicial ocorrida no dia 19 de maio, quando foi publicada nota pública elaborada pela organização e encaminhada aos órgãos federais relacionados à mobilidade urbana.
O objetivo é contribuir para o enfrentamento da crise sanitária e social agravada pela pandemia do coronavírus, demonstrando aos gestores públicos os benefícios da bicicleta para o enfrentamento e para reduzir os efeitos de crises similares, aproveitar a oportunidade para que o incremento e qualificação da ciclomobilidade seja um legado positivo e permanente.
A campanha busca ainda reforçar a ciclomobilidade na ampla e contínua mesa de debates que se abriu com a pandemia, apresentando soluções para a crise. A ideia é atuar conjuntamente com outras organizações e movimentos sociais de todos os setores e espaços sociais que comungam das mesmas aspirações por uma sociedade democrática, equânime e sustentável.
Durante a campanha, as organizações da sociedade civil elaborarão propostas baseadas na realidade local e as enviarão para a os órgãos públicos pertinentes, como prefeitura, secretarias e Câmara de Vereadores.
De acordo com a UCB, a bicicleta é um veículo comprovadamente eficiente para o enfrentamento da pandemia de Covid-19, entretanto, para que ela possa contribuir plenamente para esta finalidade, é necessário que o poder público forneça condições para que ela possa ser usada com segurança e conforto pelos atuais e por novos usuários. Dentre estas medidas, constam ciclovias e ciclofaixas temporárias, diminuição da velocidade das vias e aumento da fiscalização. Além disso, defende a UCB, é importante que estas medidas tornem-se permanentes após a superação da crise, permanecendo como um legado positivo da pandemia. “A atual pandemia deixa claro que precisamos agir para mudar cidades e formas de convívio. É necessário transformar nossas sociedades para que se tornem mais igualitárias, acessíveis e resilientes. Com este objetivo, a campanha “Bicicleta para Futuros Possíveis” foi criada para apoiar organizações, grupos e coletivos locais a dar início a essas mudanças”, explica Ana Carboni, Presidenta da UCB.
Inscreva-se para realizar a campanha na sua cidade: CLIQUE AQUI.
Para saber mais:
- Campanha “Bicicleta para futuros possíveis”: https://uniaodeciclistas.org.br/futuros-possiveis/
- Nota Pública “A bicicleta no pós coronavírus”: http://uniaodeciclistas.org.br/campanhas/nota-publica-bicicleta-no-pos-coronavirus/
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Em artigo, Juciano Rodrigues, pesquisador do Observatório das Metrópoles Núcleo Rio de Janeiro, argumenta que o “novo normal” para a mobilidade não poderá mais ignorar a bicicleta ou apenas tratá-la como peça de marketing urbano. Nesse sentido, o autor questiona se sabemos o suficiente sobre quem transita por bicicleta para realizar suas atividades, como trabalhar e estudar. Confira o texto “O ciclista do “novo normal” já existe, a cidade é que vai ter que mudar“.