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O artigo de Carlos Eduardo Martins para a Revista Cadernos Metrópole n.43, “O sistema-mundo capitalista e os novos alinhamentos geopolíticos no século XXI: uma visão prospectiva”, discute, em perspectiva de longa-duração, os efeitos dos processos da financeirização do capital, com destaque para a crise de hegemonia do eixo “atlantista” da economia mundial e o declínio das potências marítimas que tradicionalmente dirigiram a civilização capitalista. 

Analisa, também, o deslocamento do dinamismo econômico para a China e para o Leste Asiático apontando a ascensão dos regionalismos, como fundamento geopolítico da economia mundial e da construção de um sistema-mundo multipolar.

Enfatiza, nessa reflexão, as principais características da conjuntura mundial contemporânea e suas tendências cíclicas e seculares, bem como as configurações de poder dominantes e conflitantes. Assinala os novos alinhamentos geopolíticos e as configurações de poder que se delineiam para os próximos anos.

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Palavras-chave: sistema-mundo; geopolítica; bifurcação; Estados Unidos; Brics.
Keywords: world-system; geopolitics; bifurcation; United States; BRICS.

Resumo
Neste artigo, apontamos as principais características da conjuntura mundial contemporânea, suas tendências cíclicas e seculares, as configurações de poder dominantes, as forças antissistêmicas, os novos alinhamentos geopolíticos a que dão lugar e a bifurcação de poder que se desenha para os próximos anos. Desde 1994, vivenciamos uma fase de expansão do Kondratiev que se articula a dois movimentos descendentes de longa duração: a fase B do ciclo sistêmico estadunidense, marcada pela crise dessa hegemonia, iniciada em 1970; e a crise civilizatória do modo de produção capitalista, a partir do surgimento da revolução científico- técnica. Tal combinação traz características muito específicas para o ciclo longo de expansão que vivenciamos.

Abstract
In this article, we point out the main characteristics of the contemporary world scenario, its cyclical and secular tendencies, the dominant power configurations, the anti-systemic forces, the new geopolitical alignments they give rise to, and the bifurcation of power that is drawn for the next years. Since 1994, we have been experiencing Kondratiev’s phase of expansion, which is linked to two long-term descending movements: phase B of the United States’ systemic cycle, marked by the crisis of this hegemony, initiated in 1970, and the civilizational crisis of the capitalist mode of production, with the emergence of the scientifictechnical revolution. Such combination brings very specific characteristics to the long cycle of expansion that we have been experiencing.