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Nova política, antigos desafios: MCMV na metrópole do Rio de Janeiro

By 06/11/2014janeiro 24th, 2018Artigos Científicos
Empreendimento do Programa Minha Casa Minha Vida

Empreendimento do Programa Minha Casa Minha Vida

A Revista e-metropolis traz como destaque na edição nº 18 o artigo de Adauto Lucio Cardoso e Samuel Thomas Jaenisch que faz um balanço crítico sobre a implementação do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A partir da identificação dos eixos de expansão do programa – responsável até 2012 pela contratação de 378 empreendimentos contabilizando um total de 99.715 unidades previstas na RMRJ –, são problematizadas questões referentes à inserção urbana das novas moradias e aos processos de periferização da população de baixa renda.

Acesse no link a seguir o artigo completo “Nova política, velhos desafios: problematizações sobre a implementação do programa Minha Casa Minha Vida na região metropolitana do Rio de Janeiro”, destaque da Revista e-metropolis nº 18.

 

EDITORIAL – Revista e-metropolis nº 18

Trazemos aos nossos leitores mais uma edição da revista e-metropolis. Nesse número, passamos por diversas questões concernentes a várias cidades, tanto no Brasil quanto no exterior, na tentativa de acrescentarmos mais informação sobre esse tema tão complexo que é a vida urbana, sua morfologia e sua organização social.

Começamos com o nosso artigo de capa, “Nova política e velhos desafios: Problematizações sobre a implementação do Programa Minha Casa Minha Vida na Região Metropolitana do Rio De Janeiro”, no qual Adauto Lucio Cardoso e Samuel Thomas Jaenisch fazem um balanço crítico sobre a implementação do Programa Minha Casa Minha Vida na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A partir da identificação dos eixos de expansão do programa, principais áreas de concentração e transformações nas suas dinâmicas ao longo dos últimos anos, são problematizadas questões referentes à inserção urbana dos empreendimentos contratados e aos processos de periferização da população de baixa renda.

No artigo seguinte, “Ambientalismo Urbano Neoliberal e a Cidade Adaptável: por uma Teoria Urbana Crítica e Alterações Climáticas”, tradução do artigo original de Mark Whitehead, o autor explora a contribuição potencial da teoria urbana crítica aos debates intelectuais e políticos a respeito das alterações climáticas, demostrando que a totalidade das suas implicações aos estudos de alterações climáticas ainda precisa ser compreendida.

A incorporação dos conceitos de resiliência e capacidade adaptativa no planejamento urbano com vistas à sustentabilidade das cidades diante das mudanças climáticas é o centro da discussão do artigo de Edinéa Alcântara de Barros e Silva, “Resiliência e Capacidade Adaptativa para a Sustentabilidade de Cidades como o Recife”. Para desenvolver o tema, a autora parte do estudo de caso da cidade de Recife, onde as suscetibilidades e vulnerabilidades ambientais têm causado grandes prejuízos ao funcionamento e sustentabilidade da cidade.

Na sequência, temos “O Coque e a convenção urbana no Recife”, texto no qual, através do estudo de caso da Zona Especial de Interesse Social denominada Coque, localizada no centro da cidade de Recife (PE), a autora busca debater as atuais “motivações do capital imobiliário”. Suas conclusões apontam para o risco de expulsão da população que tradicionalmente habitava esta localidade.

Expressão da lógica de expropriações para o processo de valorização do capital, as remoções que ocorreram em Fortaleza por conta da Copa do Mundo são objeto de análise do artigo de Anna Barbosa, “Produção do espaço e remoções: Copa do Mundo 2014 em Fortaleza”, que nos mostra ainda como os atingidos pelas expropriações, em geral pessoas de nível socioeconômico mais baixo, têm se organizado na busca por garantir seu direito à cidade.

Por fim, no último artigo dessa edição, “Tectônica e estruturalismo sensorial na urbanística de Jean Renaudie: o caso de Ivry-sur-Seine”, Aristóteles Cantalice II e Ana Holanda Cantalice analisam o trabalho do arquiteto e urbanista francês, contextualizando o projeto de renovação da área central da cidade francesa de Ivry-sur-Seine à luz de duas teorias contemporâneas do campo da arquitetura: a tectônica e o estruturalismo sensorial.

Na resenha, trazemos “Um passeio discursivo pela cidade brasileira: uma perspectiva sobre a construção dos saberes e dos olhares”, texto no qual Fernanda Lunkes trata do livro “Um saber nas ruas: o discurso histórico sobre a cidade brasileira” de Carolina Fedatto, oriundo de sua tese de doutorado que foi premiada pela Capes como a melhor tese em Letras e Linguística de 2012. Veremos, portanto, a contribuição que uma pesquisa filiada à análise de discurso francesa, que se interroga acerca dos processos de significação, pode trazer aos estudos sobre a cidade.

Finalizando a nossa revista, trazemos o ensaio fotográfico “Praça Saens Peña, entre a urgência e a quietude”, de Pedro Paulo Bastos. A Praça SaensPeña, um dos espaços mais tradicionais do subcentro da cidade do Rio de Janeiro, foi o cenário desse ensaio. Ao retratar a dinâmica dos ônibus, automóveis e transeuntes que circulam por essa região, o autor nos apresenta como a praça pode ser um limiar entre a urgência e a quietude – do corpo, do espírito e do espaço.

Nos despedimos de você, caro leitor, desejando que todo o conteúdo da revista lhe instigue, mobilize e faça pensar sobre esse assunto que se revela cada vez mais urgente e importante: as nossas cidades. Uma excelente leitura e até a próxima edição!

 

Acesse a edição nº 18 da Revista e-metropolis.

 

Publicado em Artigos Científicos | Última modificação em 06-11-2014 10:01:07