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Estudos comparados sobre as metrópoles da América Latina

Durante o Seminário INCT, realizado no Rio de Janeiro no período de 12 a 14 de dezembro de 2011, os coordenadores do Observatório das Metrópoles apresentaram os principais resultados das pesquisas no ano de 2011. Merecem destaque as parcerias internacionais com as universidades do México, Buenos Aires e Chile com o propósito de desenvolver estudos comparados sobre as dinâmicas metropolitanas da América Latina. Além disso, os projetos analisaram as transformações do espaço urbano-metropolitano brasileiro: dinâmica demográfica, mercado de trabalho, políticas habitacionais, saneamento e criminalidade violenta foram alguns dos temas.

“Firmamos parcerias com a Universidade Autônoma Metropolitana Unidade Xochimilco (UAM-X), do México, representada pelo professor Emílio Pradilla Cobos; e com o Instituto Del Conurbano (ICO), de Buenos Aires, representado pelos professores Daniela Soldano e José Luiz Coraggio. O acordo prevê estudo comparativo das metrópoles de maior importância econômica do continente latino-americano, tomando como base os efeitos territoriais da globalização neoliberal em países com regimes políticos de diferentes orientações e com distintas relações com os países capitalistas hegemônicos”, explica o coordenador nacional do Observatório, Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro.

A professora Daniela Soldano (ICO) participou do Seminário INCT e falou sobre as atividades desenvolvidas pelo instituto vinculado à Universidade de General Sarmiento (UNGS). “O Instituto del Conurbano pesquisa a problemática moderna das cidades, em particular a região metropolitana de Buenos Aires, em suas dimensões políticas, sociais, econômicas, organizacionais, urbanísticas e ambientais, com o propósito de formar profissionais altamente capacitados para intervir em processos de desenvolvimento democráticos, equitativos e sustentáveis. Nesse sentido, avançar no acordo de cooperação com o Observatório das Metrópoles representa um desafio muito interessante, já que poderá ampliar a escala das nossas investigações, somar objetivos de comparação entre as cidades e enriquecer nossas abordagens teórico-metodológicas”, explica.

Dinâmicas do espaço-urbano metropolitano brasileiro

“O Observatório das Metrópoles é um programa que realiza experiências em rede, o que significa dizer que nós temos o mesmo conjunto de perguntas a serem respondidas, a mesma visão teórica sobre essas perguntas e um conjunto metodológico unificado, que permite gerar resultados comparáveis. Temos uma unidade que parte da investigação sobre os padrões de organização social, econômica e política das metrópoles”.  Na abertura do Seminário INCT, o professor Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro comentou sobre a unidade do instituto virtual e de como as linhas de pesquisa norteiam todos os trabalhos desenvolvidos pela rede.

No primeiro dia do evento, foram apresentados os resultados referentes aos projetos de pesquisas sobre (i) As dinâmicas demográficas e os processos de metropolização; (ii) Transformações sócio-espaciais: mercado de trabalho e segmentação territorial das RMs; (iii) Estudos sobre as formas de provisão de moradia e seus impactos na re-configuração espacial das metrópoles: (a) O Programa Minha Casa Minha Vida – a produção empresarial e a organização interna da metrópole; e (b) A Política Habitacional – associativismo produtivo e organização interna da metrópole; (iv) Organização social do território e desigualdades de oportunidades, segregação residencial, segmentação territorial e desigualdades digitais, entre outros.

Leia os destaques do Projeto Organização Social Território e Desigualdades de Oportunidades:

No segundo dia, os destaques foram os projetos: (i) Organização Social do Território e Criminalidade Violenta; (ii) Localismos, Geografia Social dos Votos e Governança Metropolitana; (iii) Pactos Socioterritoriais, financiamento e gestão metropolitana; (iv) Arranjos Institucionais, Saneamento Ambiental e Gestão Metropolitana e A Política Nacional de Saneamento Básico: Observatório das Metrópoles no PLANSAB; (v) Monitoramento da Política de Desenvolvimento Urbano e Monitoramento do Programa de Aceleração do Crescimento; (vi) Relação do Observatório com a sociedade civil, agentes governamentais e academia.