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Trânsito em Vitória (imagem ilustrativa)
Trânsito em Vitória (imagem ilustrativa)

Neste artigo para a Revista e-metropolis nº 31, a pesquisadora Kelly Schaefer Epichin toma como ponto de partida os estudos em Sociologia Política para analisar os problemas de mobilidade urbana em quatro municípios da Região Metropolitana da Grande Vitória/ES (RMGV).

Como procedimento metodológico utiliza a avaliação documental dos planos e diretrizes dos governos sobre mobilidade, bem como os estudos e projetos implementados na RMGV analisado em consonância com os dados coletados do Plano Diretor Urbano (PDU) dos municípios que compõem o estudo, observando as estratégias voltadas para a Mobilidade Urbana Sustentável (MUS).

De acordo com a pesquisadora, os resultados evidenciam os problemas que se arrastam no decorrer do tempo, essencialmente em relação ao caótico trânsito, impactando no direito de ir e vir promovendo efeitos danosos ao meio ambiente, à qualidade de vida e à sociedade em virtude da crise de mobilidade que permeia o tecido urbano.

“O trabalho aponta que a realidade atual exige urgente necessidade de desafogar o trânsito, o que requer uma boa gestão do poder público, direcionada para o planejamento e políticas de integração, estimular os meios de transporte alternativo e melhorias na locomoção, promovendo a qualidade dos espaços públicos, através de estratégias de articulações municipais”, aponta Epichin.

O artigo “Espaço urbano e mobilidade sustentável: um olhar reflexivo sobre Políticas Públicas de municípios da região metropolitana da grande Vitória/ES”, assinado por Kelly Schaefer Epichiné um dos destaques aRevista e-metropolis nº 31.

REVISTA E-METROPOLIS Nº 31

INTRODUÇÃO

É notório que a faceta contemporânea das políticas públicas brasileiras aponta para um “fazer política” de forma isolada e desarticulada, herança histórica da Ditadura Civil-Militar e seu projeto de alienação massificada que estratificava os setores governamentais objetivando o impedimento de uma possível conspiração, o que nos dias de hoje resulta em projetos sem integração, assim acontece em âmbitos habitacionais, de saneamento e transporte.

Essa prática leva à perda de recursos, à ineficiência e ao aumento das desigualdades sociais, é a perpetuação da realidade histórica de um “passado que não passou”. Em razão da complexidade e da abrangência que a mobilidade urbana exige, as soluções dos problemas devem passar, obrigatoriamente, pelas dimensões do social, da economia e do ambiental. Entretanto, é necessária a quebra do paradigma histórico de desunião popular, a fim de que o envolvimento de toda a sociedade respalde políticas públicas que tenham a capacidade de oferecer resultados expressivamente positivos às questões que envolvem a MUS.

Os problemas consequentes do desordenado crescimento populacional das cidades propicia segregação espacial, paralisações no tráfego e exclusão social. O interessante é a relação de ligação entre esses ônus do desenvolvimento das cidades e os elementos intrínsecos à preocupação voltada para a Mobilidade Urbana Sustentável (MUS), que revela fatores que permeiam os debates na elaboração de políticas públicas direcionadas a indicadores de qualidade de vida e melhorias na utilização do espaço público, com bases na sustentabilidade.

Esse dueto que envolve as políticas públicas e a MUS denota uma abordagem de grande complexidade, uma vez que, para implementar contribuições realmente efetivas às políticas públicas com direcionamento para a mobilidade urbana, grandes desafios apresentam-se no vão que compreende projeto e consumação, visto que tais não se limitam apenas à boa vontade política e ao envolvimento dos principais setores da sociedade.

A mobilidade urbana deve ser objeto de políticas públicas que integrem todas as áreas do planejamento urbano. Essas políticas devem ter a capacidade de contemplar soluções reais e efetivas para os problemas atuais e futuros de deslocamento, contribuindo, dessa forma, com o desenvolvimento social, econômico e ambiental das cidades. Atualmente, o planejamento do transporte nas grandes metrópoles brasileiras é uma tarefa difícil para os gestores da área (BOARETO, 2008); nota-se que a desagregação do espaço promovido pelo padrão de urbanização adotado no Brasil levou à exclusão social e territorial que, por consequência, acabou contribuindo para a redução da qualidade de vida das pessoas, mas, em especial, agravaram as perspectivas inerentes às classes marginalizadas.

Desse modo, utilizando como metodologia a fundamentação em dados coletados do Plano Diretor Urbano (PDU) de municípios da Grande Vitória/ES, observando as estratégias voltadas para a Mobilidade Urbana Sustentável (MUS) na prática da elaboração de planejamento, gestão e políticas estabelecidas, que convergem para melhorias no desempenho da mobilidade nessas cidades. Trata-se de avaliação documental referente às diretrizes governamentais sobre mobilidade, bem como aos estudos e projetos implementados na RMGV.

Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo destacar a percepção do problema de Mobilidade Urbana em quatro municípios da Região Metropolitana da Grande Vitória/ES (RMGV), evidenciando, nesse contexto, a mobilidade urbana, por meio de acesso e serviços de transporte, que se apresenta como um elemento importante para o desenvolvimento sustentável das cidades.

Acesse o artigo completo no site da Revista e-metropolis.

Publicado em Artigos Científicos | Última modificação em 21-12-2017 15:03:22